11/04/2012 - FELICIDADE INTERNA BRUTA


Classicamente, o indicador que classifica os países é o Produto Interno Bruto (PIB). Contudo, ele nada diz sobre a distribuição de renda. Trata-se de um agregado. Portanto, não é calculado conforme classes de renda. Os economistas então resolveram relativizar o indicador, criando a renda per capita, que é o PIB dividido pela população total. Outra grande crítica foi desenvolvida, tal como faz a metáfora de Paul Singer, em seu livro “Aprender Economia”, ao definir a renda per capita. Isto é, ele disse que se houver um grande contingente de pobres ou um pequeno contingente de ricos, seria como muitos estarem com os pés no fogo e outros na geladeira, na média o resultado pode ser bom. Porém, aqueles que estão nas extremidades poderiam estar mortos. Com convicção, os mais pobres.

De tantas críticas, a Organização das Nações Unidas (ONU) contratou uma equipe de economistas para elaborar o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), a partir dos anos de 1970, chefiada por Amatya Sen, indiano que também ganhou um Prêmio Nobel de Economia. Diferentemente do PIB, que reflete a renda dos indivíduos, o IDH procurar captar a redução na mortalidade infantil, a melhoria no nível educacional e na saúde. Hoje, em todo o mundo se calcula o IDH por municípios, conforme faz o IBGE para todo o Brasil.

Inovando já há algum tempo, um pequeno país chamado Butão, vem calculando a Felicidade Interna Bruta. Agora, Joseph Stiglitz, economista americano que também ganhou o Prêmio Nobel de Economia, expôs sua teoria sobre o assunto na ONU. Por outro lado, tal indicador deverá ser debatido na Conferência Rio+20. A Felicidade Interna Bruta, defendida por Stiglitz, ao contrário dos outros conceitos acima referidos, está centrada em fatores como renda, estresse, saúde física e mental. Referida conferência discutirá basicamente meio ambiente, clima e sustentabilidade. Sem dúvida, dos debates surgirão outras propostas de indicadores da vida sobre a terra. Até agora não se sabe se será abordada a questão da fome, tema para o qual a ONU sempre esteve também debruçada.

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