24/04/2012 - BOLSA ESTIAGEM


O fenômeno das secas ocorre há milênios. No caso brasileiro, a imensa mata atlântica foi destruída ao ponto de hoje ter 10% do que tinha há 500 anos. No correr dos cinco séculos, o fenômeno das secas foi piorando. Aliás, piorando também nas outras regiões, em razão do desmatamento. Porém, a situação sempre mais grave foi na região Nordeste. Muitos dias se passaram e hoje a seca nordestina está sendo considerada a pior dos últimos quarenta anos. A área considerada é chamada de ‘polígono das secas’, compreendendo nove Estados nordestinos e a área norte do Estado de Minas Gerais, muito sujeita às secas historicamente.

Em reunião realizada em Aracaju, Sergipe, a presidente, mais governadores e o Ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra, foi realizada uma avaliação. Constatou-se que os R$230 milhões destinados à chamada Operação Carro Pipa nos últimos seis meses não tem sido eficiente. Portanto, resolveu a União criar o Bolsa Estiagem, no valor de R$2,723 bilhões, destacados dele mais R$164 milhões para a operação acima referida, sendo o restante distribuído às famílias, à razão de R$400,00 por família, a serem pagos em cinco prestações de R$80,00, para os agricultores que não assistidos pelo Programa Garantia Safra. Os selecionados serão feitos pelo cadastro único utilizado para todos os programas sociais do governo, não excluindo a participação de quem já recebe outro benefício. Outra dotação se refere à antecipação de R$799 milhões do Programa Água para Todos, previsto no orçamento da União deste ano, destinados à construção de cisternas e a instalação dos sistemas de abastecimento simplificado, que atendem de 50 a 100 casas. Citados recursos adicionais deverão também ser aplicados em aguadas, pequenos barreiros, destinados à produção familiar, previstas verbas paras serem liberadas até o final do ano. Por seu turno, o Banco do Nordeste do Brasil abriu linha de crédito, a juros de 1% ao ano, para disponibilizar R$12 mil para pequenos agricultores e até R$100 mil para médios e grandes produtores.

 Em levantamento do Ministério da Integração Nacional, aproximadamente 1.000 municípios nordestinos vão perder a safra nos próximos meses. Á água está custando mais do que gasolina na região. A situação é realmente de emergência.  

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