17/04/2012 - GARGALO DA LOGÍSTICA
O gargalo da logística se inicia dentro do próprio governo. Por exemplo, existem 65 projetos de empresas para desenvolverem hidrovias no País. No entanto, somente 30 estão em andamento, estando o restante travado à espera de diferentes tipos de aprovação. Órgãos da infra-estrutura brasileira calculam que o investimento mínimo necessário para evitar maior desgaste de obras da espécie seria de 3% do PIB anuais, inversões conjuntas públicas e privadas. Porém, de 2001 a 2010 a média nacional foi de 2,3% do PIB. Desde 22 de janeiro de 2007 que o governo lançou o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), visando corrigir as distorções ou fazer a depreciação, no entanto, o site da ONG Contas Abertas mostra que somente 19% das obras de infra-estrutura previstas pelo PAC foram concluídas.
Segundo o Banco Morgan Stanley, o Brasil precisaria investir 4% do `PIB durante 20 anos par alcançar o padrão do Chile, líder de infra-estrutura na América do Sul. O cálculo é de aproximadamente R$200 bilhões anuais. No ano passado, o valor foi de R$160 bilhões, em ano considerado de alta nas inversões. A saída tem sido apontada para incrementar a Parceria Público/Privada (PPP). Porém, desde quando a lei está em vigor, 2004, menos de 40 contratos foram realizados por Estados e Municípios, dentre os quais somente dois foram para o segmento logístico. A União não fez nenhuma parceria da espécie. O potencial das PPP seria de pelo menos R$180 bilhões, segundo órgãos da categoria.
A revista Exame no. 1014, datada de 18 deste, na qual se baseou este texto, assegura “a deficiência nos meios de transporte onera as empresas e impõe um custo logístico que é quase o dobro do americano. O Banco Mundial estima que as empresas economizariam mais de 50 bilhões de dólares por ano caso a nossa logística se equiparasse à média dos países desenvolvidos” ... “As poucas obras privadas que saem do papel acabam apontando novos caminhos. As dutovias são um exemplo. Nos Estados Unidos, com quase 800.000 quilômetros de dutos, até carvão em pó viaja pelos canos. No Brasil, quase toda a malha de 26.000 quilômetros é da Petrobras”.
A comparação do custo logístico brasileiro, em relação ao PIB, aqui de 15%, para os países que compõem a OCDE têm a média de 9% e nos Estados Unidos o mesmo indicador é de 8% do PIB.
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