14/04/2012 - ANALFABETO FUNCIONAL
Analfabeto funcional é aquele, mesmo alfabetizado, possui problema de leitura, de escrita, de resolução de problemas de matemática, falta de raciocínio lógico e de interpretação de textos. Trata-se de contingente maior do que os analfabetos comuns (abaixo de 15 anos), contingente este inferior a 10% da população. Segundo a Pesquisa Nacional de Amostra de Domicílios, realizada em 2009, divulgada em 2010, aproximadamente 20,3% da população brasileira são analfabetos funcionais, sendo 20,9% homens e 19,8% mulheres. Quer dizer, um expressivo 30% dos brasileiros são analfabetos, o que permite uma idéia muito ruim do desenvolvimento nacional. A situação fica pior no Nordeste, onde os analfabetos funcionais alcançam 30,8%, sendo 33,75 dos homens e 28,2% das mulheres. Quer dizer, média geral de 40% do total de analfabetos. Na zona rural nordestina o número é de 50,3%.
Os números acima são preocupantes, visto que, mais do que ler escrever, o brasileiro precisa dar continuidade ao processo de aprendizagem. Não é sem motivo que existe uma demanda de mão de obra qualificada maior do que a oferta, tendo que o Brasil fazer importações desse capital humano. Um país para ser desenvolvido precisa crescer a taxas acima de 5% ao ano, por um longo período de tempo. Mas, essa situação se torna muito problemática para alcançar referido o objetivo nacional.
A gravidade do problema se encontra no despreparo do educador, além do mais o alfabetizador é treinado por, no máximo, nove meses, recebendo uma bolsa muito baixa. Sendo assim é muito reduzida a sua motivação. Além do mais, as escolas de pedagogia nem sempre têm estrutura adequada.
Existem programas governamentais, mas não funcionam a contento. No geral, não existe continuidade neles. Tampouco, as políticas públicas na educação passam por avaliações que permitam correções. Cada governo estadual ou municipal não prossegue, no geral, com o governo anterior.
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