09/04/2012 - ACORDOS COM OS EUA
Como resultado da viagem a Washington, a presidente Dilma assinou acordo bilateral com o presidente americano, visando acabar com a exigência de visto na visita do cidadão brasileiro aos Estados Unidos e vice-versa. Na verdade é o programa Global Entry, que facilita a passagem pela imigração americana de brasileiros que viajam freqüentemente aos Estados Unidos a trabalho. Se o passageiro for aprovado no referido programa, evita as filas de controle de passaportes e pode procurar quiosques automatizados, que ficam antes da área de imigração nos aeroportos daquele país. Em reunião de hora e meia os presidentes assinaram compromissos para reforçar a cooperação em políticas agrícolas, medidas sanitárias e a promoção da queda de barreiras no comércio exterior. Os americanos mostraram interesses nos investimentos da Copa do Mundo de 2014 e a Olimpíada de 2016. Por outro lado, reafirmaram parcerias na produção de petróleo e gás natural, objetivando a extração na camada do pré-sal, bem como no segmento de biocombustíveis. Foi assinado também um pacto por meio do qual a cachaça brasileira e o Bourbon americano serão reconhecidos como “produtos distintos”. Em vista disso, somente cachaças produzidas no Brasil poderão ser comercializadas nos Estados Unidos. Acordos pontuais, sem maiores repercussões.
Falando ao lado do presidente americano, a presidente Dilma disse de a “preocupação do Brasil com a depreciação da moeda dos países desenvolvidos”, o que prejudica os países emergentes, segundo ela. Acerca da crise, a presidente Dilma afirmou que os Estados Unidos têm a responsabilidade de puxar a retomada global. Pediu maior integração regional com o fim de medidas protecionistas na região. Isentou a China de acusações americanas de que a moeda chinesa está artificialmente desvalorizada. Concluiu: “Os Estados Unidos é um país diferente do resto mundo. Ele emite moeda”. Quer dizer, o que a China fez foi atrelar sua moeda ao dólar. Por fim, referiu-se ao fato de que países como os Estados Unidos não podem exportar a crise. As conversas de Dilma com o presidente americano foram às portas fechadas. Por sua vez, a secretária de estado, Hillary Clinton, anunciou sua visita ao Brasil na próxima semana e induziu: “nosso relacionamento com o Brasil é um dos mais promissores do século 21”. Na verdade, os americanos querem mesmo é continuar vendendo mais ao Brasil, com crescente superávit da sua balança comercial, enquanto faz ouvido de mercador para as queixas que não aceitam, visto que entendem que “mandam” no mundo.
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