25/03/2012 - EXTREMA POBREZA


A pobreza extrema é definida como a condição de pessoas que continuam sobrevivendo até com 1,25 dólares, está que seria definida pela Organização das Nações Unidas (ONU) como a linha de miséria. Em 1981, a população mundial estava perto de 6 bilhões, mas havia 2 milhões de miseráveis (um terço). Em 2011, a população mundial se encontrava na casa de 7 bilhões, havendo 1,2 bilhão deles (17%). O que ocorreu para tão significativa redução de 700 milhões? Os dois países mais populosos do mundo conseguiram resultados expressivos, mas desproporcionais no combate à miséria. A China resgatou cerca da metade da sua população da referida condição, algo como 662 milhões. Porém a Índia eliminou apenas 3% dos miseráveis. O crescimento espetacular da China, por volta de 10%, nas três décadas citadas, retirou-a de uma economia entre as vinte mundiais para o segundo maior PIB do mundo. Somente nos últimos anos a Índia cresceu a altas taxas. Países como Nigéria e Bangladesh vão à contramão, adicionando mais miseráveis no mundo. Aliás, a região da África Subsaariana é o maior bolsão de extrema pobreza do mundo. São regimes autoritários e muito atrasados.

No caso brasileiro a retirada de pessoas da extrema pobreza tem registro reduzido, segundo a ONU. Saíram dela somente 5 milhões no período. Aqui, nas três décadas a ascensão foi para 40 milhões que atingiram a classe média, de pessoas que estavam acima da linha de miséria. Por isso, o governo da presidente Dilma quer atacar um contingente de 16 milhões de famílias que se encontram naquela situação. O desafio é maior do que ter colocado mais de 13 milhões de famílias no Programa Bolsa Família. É tanto que os 16 milhões delas estão sendo atraídos primeiro para o Programa Bolsa Família. Entretanto, os quinze meses do governo da presidente Dilma pouco acrescentou para resolver o problema. Atacado por problemas de finanças públicas e uma inflação maior do que a do período do ex-presidente Lula, a presidente Dilma fez um corte de despesas de R$50 bilhões em 2011 e outro corte de gastos de R$50 bilhões no orçamento público de 2012.

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