28/03/2012 - NOVO VAZAMENTO
Em cinco meses, as operações da petrolífera Chevron, no Campo do Frade, na Bacia de Campos, Rio de Janeiro, desencadearam dois vazamentos de óleo na região. O Ministério Público Federal (MPF) que investigou o primeiro vazamento, disse que o mesmo foi um erro da petroleira, que teria perfurado o poço por pressão superior à tolerada pelo solo. O segundo vazamento é decorrência do primeiro, sendo a prova definitiva da incapacidade da empresa para resolver o problema, segundo o MPF. Manchas de óleo apareceram na semana passada na Bacia de Campos. No dia 21, a Chevron e 17 de seus funcionários foram denunciados à justiça por crime ambiental e danos ao patrimônio da União. As ações jurídicas de pescadores da região já alcançam R$20 bilhões. A preocupação de ambientalistas e técnicos brasileiros é de que não existe uma explicação clara para os referidos acidentes.
O Campo do Frade é o 12º maior produtor de petróleo e gás natural brasileiro. A profundidade é de 1.128 metros. Imagine-se o que não poderá surgir de problemas com a exploração do petróleo na chamada camada do pré-sal, cuja profundidade é maior do que 6.000 metros? A Chevron Brasil tem 51,74% da participação no Campo do Frade. A Petrobras, 30%. A Frade Japão Petróleo, 18,26%. A reserva é estimada entre 200 a 300 milhões de barris de óleo. Em janeiro, a produção do campo foi de 64.928 barris por dia, levando a Chevron Brasil ao quarto lugar entre as operadoras, cujo líder e a Petrobras. A petroleira começou a produzir no citado campo em 2009 e opera 11 poços.
Sendo algo inédito, vê-se claramente que o Brasil não sabe lidar com problemas do gênero. A presidente Dilma declarou que “as empresas que aqui vierem se instalar, bem como as que estão aqui, devem saber que protocolos de segurança existem para serem cumpridos”.
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