08/04/2012 - RELAÇÃO BRASIL/EUA

O Brasil no segundo mandato do presidente Lula editou taxas acima de 5% ao ano. Parecia que ingressaria no ciclo virtuoso, perdido por 25 anos. Porém, estourou a questão imobiliária e financeira nos Estados Unidos, ponto culminante com a falência do centenário Banco Lehman Brothers em setembro de 2008. O mundo ingressou em recessão. O presidente Lula dizia que era uma marolinha, mas o País recuou e o PIB caiu – 0,3%, em 2009, mostrando que o Brasil não era tão forte como os outros parceiros do BRIC.

Nos Estados Unidos foi eleito Barack Obama, assumindo em 2009, chamando Lula de “este é o cara”, quando da sua visita aos EUA. Porém, entre 2009 e 2010 o presidente Lula defendeu regimes autoritários, tais como o do Irã, o da Venezuela e o de Cuba, bem como pleiteando um acento permanente no conselho de segurança da ONU, fazendo com que o presidente americano não viesse ao Brasil, em 2010, o que seria uma retribuição da visita de Lula de 2009. A presidente Dilma, eleita em 2010, não manteve as aproximações do presidente Lula. Portanto, no primeiro ano do mandato dela, iniciou-se um segundo mergulho da crise iniciada, em 2008, o presidente Barack Obama veio ao Brasil. O aprofundamento da crise se deu na Europa, em 2011/2012, assim como a economia americana já mostra recuperação, visto que cresceu 3%, anualizada, relativa ao primeiro trimestre deste ano. Nestes dias a presidente Dilma retribuiu a visita do presidente americano. O fato é que, Dilma à semelhança de Lula tem discutido mais a questão política, deixando para trás a questão econômica.

A relação comercial do Brasil com os Estados Unidos é do maior déficit da balança brasileira. As importações brasileiras saíram de US$11,3 bilhões, em 2004, para US$33,9 bilhões em 2011. Elevação de 200%. Já as exportações nacionais ficaram praticamente no patamar de US$20 bilhões a US$25 bilhões, atingindo um déficit comercial recorde de US$8,1 bilhões. Quer dizer a Nação compra cada vez mais dos Estados Unidos e a recíproca não é verdadeira. Portanto, tanto Lula como Dilma não têm tido a preocupação comercial, tendo mudado seu foco para a China, que se tornou há três anos o maior parceiro de negócios com o Brasil.

O PIB dos Estados Unidos, de US$15 trilhões, é seis vezes maior do que o brasileiro, de US$2,5 bilhões. Os americanos são de longe o maior comprador do mundo. Pelo visto, o Brasil está perdendo oportunidades de exportações para os americanos. No futuro de expansão, isto poderá fazer muita falta, como aconteceu no passado recente.

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