30/09/2013 - DESIGUALDADE ESTAGNADA

 
A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) de 2012, divulgada anteontem pelo IBGE, mostrou que houve uma estagnação na taxa de desigualdade no Brasil no ano passado. Nos últimos anos, desde o Plano Real (1994), a tendência era de redução das desigualdades. O motivo dos dados do ano passado é que o rendimento das faixas de renda mais alta cresceu em ritmo mais acelerado do que os de renda menor, principalmente no extrato mais rico da população. Aqueles que estão no topo da distribuição da pirâmide da renda (1% mais ricos) cresceram 10,8%, em velocidade superior à média e o das faixas de menor renda. A renda dos 10% mais pobres rendimento do trabalho, cujo crescimento médio foi de 5,8% de 2011 para 2012. Como todo ano são destacados aspectos positivos e negativos. Dessa forma, a taxa de analfabetismo parou de cair e chegou a ter aumento discreto, passou de 8,6% para 8,7%. A exploração do trabalho infantil se reduziu em 4,2%. O Nordeste continua com os rendimentos piores do Brasil. Mulheres e negros são a maioria entre aqueles que buscam trabalho. Pela primeira vez, a maioria das casas brasileiras usa apenas o telefone celular, verificado em 32,2 milhões de domicílios. As máquinas de lavar passaram a fazer parte de 55% dos lares nacionais, uma elevação de 11% em relação a 2011. A diferença salarial entre homens e mulheres voltou a se elevar.
Em resumo, os dados de somente um ano não permitem afirmar que houve reversão de expectativas de melhoria na distribuição de renda. Na verdade, o PNAD confirma um detalhe que já é sabido, que a economia brasileira desde o ano passado se estagnou.

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