03/10/2013 - FOME NO MUNDO


A Organização das Nações Unidas (ONU), criada em meados dos anos de 1940, existe para fazer o mundo melhor. O seu órgão para a Alimentação e Saúde (FAO, sigla em inglês) tem como um dos Objetivos do Milênio reduzir a fome crônica no globo pela metade. São considerados assim, estes viventes, que percebem até US$1.25 por dia. Algo como até R$150,00 por mês. Grau extremo de miserabilidade. A FAO afirma que o Brasil é um dos 62 países do mundo, entre cerca de 200, que já atingiu a meta referida, qual seja de reduzir pela metade a proporção de habitantes com fome crônica, para o período entre 1990 a 2015. Naquela época eram aproximadamente 22 milhões, sendo hoje perto de 14 milhões. Sem dúvida, o Brasil é outro desde o Plano Real (1994), que trouxe a estabilidade econômica. Os avanços no período em referência foram muitos. Porém, o Brasil ainda é um dos dez países com as maiores desigualdades mundiais, medidas pelo índice de Gini, que já foi de 0,61, estando hoje em 0,53. O indicador varia de zero a um. Mais próximo de um se caminha para a extrema desigualdade e o caminho inverso é verdadeiro. Há muito a fazer. No entanto, o Brasil saiu da consideração de um país pobre para um país emergente em cerca de duas décadas.
Tomando o mundo como um todo, a FAO calculou a fome endêmica de cerca de 1 bilhão antes de 2010, justamente quando o mundo alcançou 7 bilhões de almas, caindo para 868 milhões de 2010 a 2012. Agora, de 2010 a 2013 calcula a FAO existirem 842 milhões em pobreza extrema. Ou seja, um em cada oito pessoas no mundo passa fome. Do total apurado de pessoas famintas, a maioria vive em regiões subdesenvolvidas, enquanto 15,7 milhões são de países desenvolvidos. O último estudo “Situação de Insegurança Alimentar no Mundo”, o qual é publicado todos os anos pela FAO, assim se refere: “Apesar do progresso feito em todo o mundo, diferenças marcantes na redução da fome ainda persistem. A África Subsaariana teve apenas um progresso modesto nos anos recentes e continua sendo a região com a mais alta prevalência de subnutrição com a estimativa de que um em quatro africanos passa fome”. Quer dizer, o dobro da média mundial.

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