28/10/2013 - PERSPECTIVA BAIXA 2014
Os governos do PT começaram com
Lula, em 2003, prometendo “o espetáculo do crescimento”. Isto é, a economia
crescendo acima de 5% ao ano. A ideia era de o país voltar a fazer “o voo de
águia”, semelhante ao dos anos de 1970, não prosseguindo com “o voo de galinha”
de mais de duas décadas anteriores. Porém, a mudança de curso não aconteceu. A
era Lula, de oito anos, conseguiu uma taxa média de 4%. O desempenho do mandato
de Dilma recuou bastante, obtendo taxas de incremento do PIB até inferiores a
média dos oito anos da era FHC, que foi de 2,3%. Por exemplo, no ano passado a
taxa de crescimento econômico foi de 0,9%. Em 2011, alcançou 2,7%. Para 2013, é
esperado por volta de 2%. Até a equipe econômica prospecta 2,5%.
Tendo em vista
fazer uma sondagem para a perspectiva do próximo ano, a revista Exame, datada
de 30-10-2013, ouviu os principais dirigentes das 200 maiores empresas
brasileiras. Ela, que há quatro décadas analisa pelo menos as maiores e
melhores 500 empresas nacionais, concluiu que 90% dos consultados não acreditam
que o PIB de 2014, no máximo, chegará a 3%. A atual gestão presidencial assumiu
prometendo 5%, em 2011. Baixou para 4%, em 2012, repetiu a previsão para 2013 e
2014. Porém, somente obteve 2,7%, 0,9%, talvez 2%, neste ano. Se 3% para 2014,
a média seria de 1,87%. Se, neste ano, alcançar 2,5%, como espera neste ano, a
média será de 2,28%.
Os empresários
consultados não admitem reforçar investimentos em 2014. Muitos dirigentes dizem
que se satisfarão coma repetição do desempenho de 2013. Questionados sobre os
problemas atuais, em primeiro lugar, consideram elevada a carga tributária,
isto para 56% deles. Em segundo, o crescimento fraco do PIB, para 35%. Em
terceiro, o câmbio defasado, para 30%. Em quarto, a insuficiente
infraestrutura, para 29%. Em quinto, a inflação, para 28%. Em sexto, o
intervencionismo governamental, para 28%. Em sétimo, o despreparo da mão de
obra, para 28%. Em oitavo, a elevada taxa de juros, para 17%. Em nono, o
aumento da concorrência, para 12%. Em décimo, protestos e manifestações, para
7%.
Em síntese,
revelam que a rentabilidade das grandes empresas no Brasil está em queda desde
2010. Assim com menos dinheiro em caixa, reduzem investimentos. Logo, desde
2011, as grandes empresas brasileiras diminuíram o ritmo de novas inversões,
segundo a citada pesquisa.
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