27/09/2013 - POLÍTICA ECONÔ MICA EXTERNA


O Brasil é a sétima economia do globo, mas somente é responsável de 1% a 2% das transações econômicas mundiais. Na medida em que as economias emergentes mais se abrem, o Brasil mais se fecha, estando ficando isolado das cadeias produtivas globais criadas pelas multinacionais. Não realiza acordos bilaterais, tais como faz o Chile, com mais de 100 países. É líder do MERCOSUL, um mercado comum que pouco se entende. A Argentina põe taxas sobre mais de mil produtos. O Paraguai está suspenso. O Uruguai é muito pequeno. A Venezuela, que agora está entrando, padece de um processo de retração econômica e alta inflação. Em suma, o Brasil está apegado demais ao MERCOSUL, um mercado que não está avançando. Ocupa a presidência da Organização Mundial do Comércio, que está empacada, enquanto países que são verdadeiras fontes de investimentos, tais como os Estados Unidos e os da Europa, não tem sido objeto de acordos bilaterais.
Começando com o ex-presidente Lula, continuando com a presidente Dilma, o Brasil tem dado um claro recado der que prefere um Estado gerenciador da economia, fomentador do emprego e do assistencialismo. Agora mesmo, a taxa de desemprego anualizada para agosto fechou em 5,3%, uma das mais baixas da história. Contudo, a economia patina em crescer somente algo próximo a 2%. Isto acontece porque a assistência social e o emprego gerado são realizados em cadeias de pouca reprodução econômica. Isto é, de baixa produtividade, devido ao nível educacional da mão de obra, alem do assistencialismo não gerar efeitos em cadeia. Além do mais, os fortes investidores se sentem navegando em cenário de incertezas, segundo eles, devido ao forte Estado interventor, criador de estatais, que tem muito contribuído para elevar seus custos e reduzir suas taxas de lucro.
Olhando para a China, país que era mais fechado do que o Brasil, em três décadas vem se abrindo, sendo hoje o segundo PIB mundial, respondendo por 11% do comércio internacional (relembrando o Brasil há décadas está por volta de 1% dele), havendo projeções recentes do Banco HSBC, de que até 2025, a China ultrapassará o PIB dos Estados Unidos. Vale dizer, a China de 30 anos atrás era conhecida como produtora de quinquilharias, tendo investido muito nestas décadas, em educação, pesquisa, inovação e tecnologia, colocando-se hoje na vanguarda mundial.

  

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