04/10/2013 - MEDIDAS IMPOPULARES
Neste mês, pretendem lançar o
livro “Propostas para o governo 2015-2018. Agenda para um país próspero e
competitivo”, o economista Fábio Giambiagi, especialista em finanças públicas,
vários livros publicados, com outro economista, Cláudio Porto, sendo umas coletânea
de artigos de vários especialistas sobre os desafios brasileiros da próxima
gestão nacional. Para eles, o próximo presidente não se defrontará com um
cenário nada fácil, assim como existe alta probabilidade de serem adotadas
medidas impopulares. Toda vez que se tem um governo de desempenho econômico
ruim, como está sendo o da presidente Dilma, surgem no ar, geralmente um ano
antes, ameaças de medida duras. Isto é, medidas econômicas de ajustamento. Os
sinais de que a situação não está boa são: a inflação está na casa de 6%
anuais; o déficit do balanço de transações correntes continua crescente, ao
contrário dos dois governos anteriores que tiveram superávits em conta
corrente; aumento da taxa das importações maior do que a taxa das exportações;
elevação da dívida pública em termos reais, em face de o governo reforçar o
caixa do BNDES para financiamentos; o desemprego encontrou seu limite em 5%; a
produtividade do brasileiro é baixa, cerca de um quinto daquela do americano; a
confiança dos consumidores não turbina mais o consumo; a confiança dos
empresários para investir continua restrita; segundo o PNAD 2012, estagnaram-se
as reduções das desigualdades sociais; governo tem elevado seus gastos correntes
mais do que o crescimento do PIB; muitas obras públicas estão sendo paralisadas
ou adiadas; a taxa de investimentos em infraestrutura não passa da casa de 1%
do PIB e a carga tributária está em limite insuportável, acima de 36% do PIB; o
déficit da Previdência Social está beirando R$47 bilhões e crescente; há
fracassos em leilão de rodovias; dentre outras tendências ruins, tal como o
anunciado pré-sal vitorioso em 2006, que não decolou ainda.
Na ordem já do dia se encontram
de medidas impopulares: a revisão da elevação real do salário mínimo, visto que
os efeitos disso sobre as contas públicas e as empresas já estão bastante
altos; ameaça de onerar com mais impostos; criar tributos financeiros e até
retenção de parte dos diferentes tipos de depósito, conforme o prazo (M1, M2,
M3, M4, termos técnicos dos meios de pagamentos). Em segundo plano, ficaram as
medidas populares de elevação do investimento público e privado, melhorias
substanciais, na educação, saúde e saneamento, além das reformas econômicas tão
necessárias.
Enfim, continua no inconsciente
coletivo as medidas drásticas de 1990-1991, dois planos econômicos do
ex-presidente Collor, de congelamentos de preços, salários, câmbio, além do
sequestro da poupança e de outros ativos financeiros. As expectativas são de
sobressaltos desde o atual momento.
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