29/09/2013 - CONTRADIÇÃO
É fácil compreender a política
econômica atual. É a da contradição. O grande capital está acostumado com
regras estáveis. Na verdade, o grande capitalista fixa primeiro sua taxa de
lucro. Depois, é que ele investe. O atual governo faz uma confusão em suas normas
e retarda as regras de investir. Ao invés de fazer um planejamento estratégico,
faz plano por área. Há cerca de um ano realizou o Plano de Logística. Seriam
aplicados R$50 bilhões. Mesmo assim limitado andou muito pouco. O exemplo mais
forte é a área de ferrovias. Quem dá as cartas é a VALEC (estatal), que
compraria toda a oferta advinda das empresas que ganhassem as licitações.
Garantia a quem investisse de lucro básico. Porém, não foram feitas as
licitações em um ano. Também não apareceram interessados, claramente. Ademais,
a VALEC estava eivada de escândalos de corrupção. O governo então disse que
iria criar um estatal nova, para a área de logística. Houve a intenção, pela
VALEC, mas mudou antes de começar. É um governo que desautoriza seus maiores
colaboradores, tal como Dilma fez agora com seu ministro das Comunicações,
Paulo Bernardo, não concordando com a fusão da VIVO com a TIM. Assim, ela
declarou: “Houve a opinião do ministro Paulo Bernardo, não é a opinião oficial
do governo”.
Durante o período em que procura
realizar o citado Plano de Logística, o governo ameaça taxar os lucros ou fixar
as margens lucrativas. Contraditoriamente, por outro lado, concede inúmeras
vantagens, tais como financiamento subsidiado do BNDES. Caixa este que procura
dinheiro na dívida pública. O BNDES já desembolsou mais de R$102 bilhões em
financiamentos para empresas dos mais variados tipos, de janeiro a julho,
elevação de 50%, em relação ao igual período de 2012.
O governo tenta atrair
investidores, tanto nacionais como internacionais, conforme seminário realizado
nesta semana em Nova York, para programa de concessões de estradas. Mantega
declarou que vai “melhorar a atratividade” das novas licitações, para atrair
mais competidores. O problema é que os investidores fazem seus cálculos e não
querem que o governo federal regule seus custos e receitas.
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