29/10/2013 - FALTA DE QUALIFICAÇÃO


Não bastasse a indústria nacional ter problemas com o câmbio muito valorizado, o que dificulta ou até impossibilita exportações de manufaturados, além de alto “custo Brasil” de logística com transportes, com armazenamento, mais outro item torna penosa à atividade, ou seja, a falta de mão de obra qualificada, afetando 65% das indústrias brasileiras, segundo a recente pesquisa da  Confederação Nacional da Indústria (CNI), hoje divulgada, notadamente para os segmentos extrativo e de transformação. Dessa forma, a busca pela eficiência, bem como a redução de desperdícios são os principais problemas decorrentes da falta de empregados qualificados, de acordo com 75% das empresas consultadas. Continuando os resultados, 49% delas têm dificuldades para qualificar funcionários, apontando a baixa qualidade da educação básica como o maior empecilho. Por isso, citadas empresas intensificam a capacitação dos trabalhadores no próprio ambiente do trabalho, o que lhes traduzem custos ainda maiores. Não sem motivo, 81% dessas indústrias que veem dificuldades com a mão de obra se utilizam dessa estratégia.
Como o ambiente de negócios pouco se alterou no atual mandato da presidente Dilma (2011-2014), a CNI informa que as consequências são o aprofundamento das dificuldades para elevar a produtividade e a perda crescente da competitividade das indústrias exportadoras perante o comércio internacional. O problema de falta de qualificação de trabalhadores somente é menor entre as pequenas empresas, visto que diminuiu de 68% para 61% o número daquelas que declararam se defrontar com referida dificuldade.
Relembrando aqui o citado no artigo do dia 14 deste mês, o entrave principal hoje dos capitalistas brasileiros é a baixa produtividade do trabalhador brasileiro, que está por volta de 25% da produtividade do trabalhador dos Estados Unidos, conforme citação unânime dos participantes do quinto EXAME/Fórum – Como Aumentar Nossa Produtividade, realizado no dia 30 de setembro deste ano, que apresentaram como propostas, para reverter tal quadro, fazer investimentos na melhoria da educação, da pesquisa, da inovação e na maior abertura comercial, além da simplificação do sistema tributário.

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