02/10/2013 - MAIOR PROBLEMA DA EDUCAÇÃO


Pesquisa da Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (SEADE), de São Paulo, com base em informações da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios do IBGE, até 2011, revelou que apenas metade dos brasileiros com idade entre 15 a 17 anos está matriculada no ensino médio. O maior problema dentre da problemática do ensino médio é a evasão escolar que, entre 1999 a 2011, mais do que dobrou, passando de 7,2% para 16,2%. Dessa forma, dos dez milhões de brasileiros na faixa de 15 a 17 anos, cerca de 3,1 milhões, ou quase 30%, desses jovens estão retidos no ensino fundamental. Aproximadamente 1,7 milhão de jovens, ou mais de 16%, abandonaram a escola, dos quais 62% nem trabalham nem estudam. Apenas 659 mil, ou 6,2% dos que deixaram a escola trabalham.
O abandono da escola revela um perfil do jovem que deixa o ensino médio, conforme a pesquisa referida, como o mais problemático da educação brasileira. Assim, 85,1% não têm filhos; 83,2% estão solteiros; 73,6% têm entre 18 a 19 anos; 61,8% querem voltar à escola e concluir o ensino médio; 60,5% estão empregados; 58,4% já repetiram o ano; 33,8% estão em busca de trabalho; 31,9% dos que trabalham consideram o diploma a principal razão para ir à escola. São números preocupantes. A última evasão do Índice de Desenvolvimento do Ensino Básico (IDEB) revelou que o ensino fundamental já alcançou a nota 5, mas o ensino médio possui a nota de 3,7, numa escala de zero a dez.
As justificativas comuns para evasão escolar são: para ajudar a família ou a problemas familiares; problemas com professores ou a falta deles; preguiça; cansaço; por causa do trabalho; não gostava de estudar; gravidez; para seguir carreira artística.
O País assiste a passar a janela de oportunidade do chamado bônus demográfico, quando a parcela da população em idade de trabalho cresce em relação à população total, cuja previsão é de encerrar-se na próxima década, oportunidade única na história de um país, bônus este que fez de países tais como o Japão, a Coréia do Sul, como exemplos, tornaram-se desenvolvidos. Ademais, para a educação possuir mais verbas já houve avanço legislativo, quando no dia 09-09-2013 foi promulgada a lei que prevê o destino de 75% dos royalties da exploração do pré-sal destinados à educação pública e 25% para a saúde. Ou seja, a área educacional poderá receber R$70 bilhões adicionais nos próximos dez anos. Portanto, é fundamental que se agilizem os investimentos na camada do pré-sal.

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