11/10/2013 - ERRO ECONÔMICO GLOBAL


Definido no mundo inteiro os fundamentos da economia, sendo aqueles que reconhecem as leis econômicas, que estabilizam seu sistema econômico. O primeiro reconhecimento é o de que a economia funciona semelhantemente ao cérebro humano, mediante a existência de dois hemisférios: a esfera monetária e a esfera real. Em outras palavras: a esfera financeira e a esfera produtiva. A esfera monetária irriga a esfera produtiva. Se há mais moeda do que produção, o equilíbrio ocorre via inflação (e vice-versa), a qual, somente é danosa quando acima de 5%, que é o erro médio permitido em um fenômeno. Até uma pequena inflação (menor do que cinco) pode ser salutar para o sistema econômico, visto que encoraja o desentesouramento. Isto é, o fato das pessoas reterem moeda, colocando-a nos bancos, que criam moeda e ativam o processo produtivo. Portanto, um país de uma economia bem organizada cuida para seu sistema financeiro atuar bem. O instrumento clássico é o uso da taxa de juros. O empirismo mostra que há uma lei econômica de que a taxa de juros varia inversamente com a produção. Ou seja, se a taxa baixa, estimula a produção; se a taxa se eleva, desestimula a produção. Quando a inflação está elevada ou se elevando a taxa de juros deve ser aumentada, para evitar o grande aquecimento da economia e vice-versa.
O atual mandato da presidente Dilma recebeu a economia com uma taxa nominal de juros por volta de 12,25% anuais, em 2011. Muito embora o Banco Central, desde 1994, data do Plano Real, pareça que age de forma independente, o seu presidente ainda é indicado, embora sabatinado pelo Senado (ninguém foi ainda reprovado), ele é nomeado pelo presidente da República. Veladamente, há grande influência ou determinação do presidente da República. Diferentemente dos Estados Unidos, por exemplo, cujo presidente do seu Banco Central (FED), presta contas somente a quem o nomeia, o Congresso. Por isso mesmo, há casos de presidente do FED, como Paul Volkler e Alan Grenspan, os quais tiveram longos mandatos, chegando um deles até 18 anos, quando o presidente de lá somente pode ter no máximo dois mandatos , cada um de 4 anos. O fato é que, em 20 meses de mandato presidencial de Dilma, em agosto de 2012, a taxa básica da economia caiu 5 pontos, em reuniões de 45 dias cada uma,chegando a taxa básica (SELIC) a 7,25%. Rápido demais, gerando desconfiança dos investidores, como resultado o PIB não subiu, mas a inflação sim. Reconhecido o erro de mostrar força nos destinos da economia, retornou a política econômica a elevar juros, para controlar a inflação. Pela quinta vez, os juros básicos já subiram 2,5%, chegando a SELIC a 9,5%. Haverá ainda uma última reunião do Banco Central, quando muitos acreditam que a SELIC poderá chegar a 9,75% ou 10% anuais. O equívoco governamental de interferir bruscramente no mercado gerou o contrário do que ele esperava. Retornando a ortodoxia, a política econômica espera gerar confiança dos investidores (pelo menos não irá piorar), ficando a inflação acima de 5%, mas menor do que 6%. Entretanto, o PIB não crescerá muito mais do que 2%. A economia continuará patinando ainda até o final do atual mandato em 2014. Quer dizer, a economia brasileira está praticamente estagnada no governo de Dilma.

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