31/05/2013 - QUANTIFICAÇÕES DO PIB


O artigo de ontem, em referência ao PIB trimestral de 0,6%, levou em consideração a entrevista do economista Armando Castelar à Rede Globo, de que o PIB anualizado se situaria numa faixa entre 2% a 2,5%, Tomando o limite superior de 2,5% para 2013, mais 0,9% de 2012, mais 2,7% de 2011, encontra-se a média de 2,3%. Porém, quando se compara o primeiro trimestre de 2012, que fora de 1,9%, ao 0,6% de 2013 é muito preocupante a perspectiva para o exercício. Quando se calcula a média anual com os três trimestres anteriores, a projeção do PIB é de 1,2%, em 2013. Portanto, a média anual do período de três anos do governo Dilma poderia estar em 1,6%. Como o incremento da população não é bem diferente dessa média, a economia do governo Dilma estaria estagnada, justamente o contrário do que ela e sua equipe econômica sempre projetaram.

O crescimento por setor da economia apresentou grandes disparates. Enquanto o setor agropecuário obteve desempenho brilhante no trimestre, para tal muito contribuiu os efeitos da recuperação da seca do ano anterior. No entanto, o incremento de 9,7% tem pequeno peso no indicador, de somente 5,2%. E possível que a agropecuária continue bem, mas não se acredita que se mantenha incrementada na faixa próxima dos 10% verificado no primeiro trimestre deste ano. Já o setor industrial teve resultado negativo de – 0,2%, tendo sido puxado pela área extrativa mineral de – 2,1%. A situação da indústria é da conhecida baixa competitividade, seja pela falta de melhor infraestrutura, seja pelo câmbio muito valorizado, seja baixa produtividade. O setor de serviços apresentou desempenho pífio de 0,5%, ele que tem a maior ponderação no PIB, de 68,5%. A tendência é de que os serviços cresçam em pequeno ritmo. Os dados do IBGE possuem o rigor necessário, em contraste com o indicador do PIB, calculado pelo Banco Central, divulgado 15 dias antes do dia 29, aprazado pelo IBGE, o qual antevia 1,5%. Referido indicador paralelo não influenciou o IBGE e traz ainda mais desgaste ao governo federal.

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, procurou minimizar os resultados acima, afirmando que o crescimento foi de qualidade, sem apresentar indicadores para tal. Porém, indagado qual seria o seu vaticínio para o PIB de 2013, ele disse que não seria mais os 3,5% projetados por ele, mas que seria maior do que os 0,9% do ano passado.







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