22/05/2013 - ESTATÍTISTICAS DESFAVORÁVEIS


Não obstante os arautos do atual governo da presidente Dilma dar declarações otimistas desde o início do exercício financeiro, já no terceiro ano consecutivo, a sua gestão financeira principia confiante e as estatísticas econômicas começam a minguar. Até mesmo a declaração de ontem, do secretário da Receita Federal, Carlos Alberto Barreto, de que a arrecadação cresceu em abril: “é o primeiro sinal do ano de que atividade econômica está em recuperação”, referindo-se a um aumento das receitas de 0,07% em abril. Isso corresponde a 0,84% ao ano, ainda menos do que o crescimento do ano passado. O Banco Central é o órgão que a equipe econômica acredita poder divulgar mais rápido o resultado econômico, visto que tem equipe técnica do mais alto gabarito estatístico. Além de trazer uma prévia do PIB antes, muito antes do IBGE, realiza pesquisa semanal sobre o PIB, inflação, juros, incremento do PIB, balanço de pagamentos, dentre outros, previu o crescimento da economia para este ano  por volta de 4%. No entanto, o resultado de expectativas, vem descendo, semana após semana, até 3%. Nesta semana que passou o PIB já está sendo estimado para menos de 3%. Trata-se de uma média de opiniões de 100 analistas financeiros. Nestes cinco meses do ano, a previsão do crescimento industrial, por exemplo, caiu de 3,5% para 2,5% neste exercício. O superávit da balança comercial previsto inicialmente era de US$15 bilhões, agora está em US$9 bilhões. O déficit em conta corrente está saindo da faixa de expectativa de US$60 bilhões para a de US$70 bilhões neste ano. Isto terá que ser captado de capitais internacionais notoriamente especulativos. Por outro lado, as previsões de uma inflação recuando para a casa de 5% a apresentam rumo a 6%. Em decorrência da situação que se vem tornando desfavorável. As previsões para um melhor 2014 se reduziram bastante, já não se acredita que chegue o PIB a crescer 4%. A expectativa para 2014 é de 3,5%. Considerando, hoje, altas do PIB de 2,7% em 2011, de 0,9% em 2012, expectativa de 2,9% em 2013, de 3,5% em 2014, a média anual esperada do governo Dilma seria de 2,5%. Praticamente a média dos dois mandatos de FHC, contra 4% médios anuais dos dois mandatos de Lula.
No geral, as previsões de confiança do consumidor, dos industriais, dos comerciantes, dos analistas financeiros, em geral, continuam recuando. Mesmo com renúncias fiscais, que nestes quatro meses, de janeiro a abril, alcançaram R$6,6 bilhões, elas não foram capazes de reverter o mau humor do aparelho econômico.

 

 

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