13/05/2013 - ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DO COMÉRCIO


Após a segunda guerra mundial, em meados dos anos de 1940, o capitalismo se redefiniu como mais forte, mediante a criação de organismos multilaterais, tais como a Organização das Nações Unidas (ONU), do Fundo Monetário Internacional (FM)I, do Banco Mundial (BIRD) e do Acordo Geral de Tarifas de Comércio (GATT). Este último, seis décadas depois se transformou na Organização Mundial do Comércio (OMC), visto que os países mais fortes apregoavam o livre comércio, mas sempre foram os mais protecionistas. Portanto, o comércio internacional sempre foi um ‘salve-se quem puder’. Mesmo hoje que um brasileiro irá dirigir a OMC, a partir de setembro, a propalada competitividade internacional é retórica. Existe uma proliferação de acordos bilaterais ou regionais de comércio. Nos últimos anos 354 acordos de livre comércio entraram em vigor. A área do oceano Atlântico era o eixo comercial do mundo, agora transferido para a área do oceano Pacífico, através da emergência da China como o maior exportador e importador mundial. No conjunto, os emergentes asiáticos assumiram a liderança das exportações mundiais. Na comparação de 1948 para 2012, a Europa era responsável por 34,3% das exportações mundiais, a América do Norte por 28%, a Ásia (menos o Japão) por 11,9%, Outros por 25,8%. No ano passado, a Ásia (menos o Japão) liderou com 35%, seguindo-lhe a Europa com 34%, a América do Norte com 13%, Outros com 18%.
A OMC está com pouca importância, paralisada nas suas funções de negociação, desde 2001, pela chamada rodada de Doha, assistindo a proliferação de regras, acordos, convênios que dificultam o seu papel.
O Brasil é considerado um ‘país pequeno’ no comércio internacional, apresentando, secularmente, entre 1% a 2% das transações internacionais. Sem estratégia de negociação comercial, não consegue integrar-se na América Latina no sistema de cadeias produtivas que fazem outras regiões internacionais. É notório o isolamento brasileiro e a falta de competitividade e de oportunidades no comércio internacional. Isso é histórico e não mudou até hoje.

 

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