28/05/2013 - PLANO DA FIESP


A Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP) lançou recentemente uma proposta de planejamento econômico para os próximos 15 anos, admitindo que o Brasil hoje se encontre em situação semelhante, em termos de renda per capita, de quando deram seu grande salto o Japão, a Coréia do Sul, Malásia e Taiwan. A renda per capita do brasileiro está em torno de US$ 11 mil, sendo a proposta de elevá-la para US$22 mil em 2029. Cálculos da FIESP são de que o PIB cresça a taxa média de 5,3% anuais no citado período. O conjunto de ações aponta para a elevação do investimento em capital físico, formar em maior escala recursos humanos qualificados e maximizar a produtividade dos fatores. Os investimentos teriam de saltar de 17,7% atuais, para a taxa média de 23,7% em quinze anos. Vaticina a FIESP que referido salto poderá ser dado principalmente pela indústria de transformação. Os segmentos com potencial para atrair inversões seriam o da construção civil e infraestrutura, em rodovias, ferrovias, portos, aeroportos e hidrovias; o do agronegócio, em grãos, sucroalcooleiro, proteína animal e fertilizantes; o do petróleo, gás e da indústria de transformação naval, automobilística, química, siderurgia e de bens de capital; além de seus subsetores. Em decorrência, os de serviços iriam sendo ampliados.

A questão é porque o governo federal não caminha no mesmo sentido que a maior união de indústrias do País, assim como porque as grandes indústrias que tem muito dinheiro em caixa não retornam a ampliação dos seus investimentos¿

Ora, os governos desde o Plano Real, de 1994, têm adotado as posturas de planejar somente em curto prazo, o que é conjuntural. Até hoje nenhum dos presidentes, em cinco mandatos com a economia estabilizada, fizeram as reformas estruturais de que tanto o País precisa para alcançar o nível sugerido pela FIESP. O Peru, por exemplo, fez as reformas e seu PIB tem crescido há cinco anos acima de 6% anuais. Logo, o planejamento estratégico é factível. Não está sendo executado porque os atuais mandatários querem o poder pelo poder, receando perder as rédeas da economia. Com isso, o País anda de lado e hoje está estagnado.

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