29/04/2013 - RECUPERAÇÃO JUDICIAL

O número de pedidos para proteção da justiça no primeiro trimestre deste ano bateu recorde. Foram 247 empresas, conforme a nova lei de falências, de acordo com dados coletados pela SERASA. A bolsa de valores caiu 11% somente neste ano. Segundo levantamento da Thomson Reuters, algumas ações são boas opções de compra. Os papeis estão baratos em relação aos seus preços históricos e estão entre os mais recomendados. As melhores alternativas são empresas do segmento imobiliário, administradoras de shoppings centers. Isto porque os aluguéis de lojas, de escritórios em a previsão de reajuste anual pelo IGP-M. É considerado barato o papel que mede a relação entre o preço da ação e o lucro empresarial. Quanto menor, em tese, o retorno do investimento se dará de forma mais rápida. Cinco delas estão como as mais citadas. Na ordem do primeiro ao quinto, estão Br Malls (administradora de shopping), Br Properties (administradora de prédios comerciais), Iguatemi (tradicional shopping paulista), Cemig (energia elétrica), Banco do Brasil (gigante financeiro).

Olhando a BOVESPA, não somente a Petrobras e a Vale não demonstraram ainda recuperação, assim como o grupo EBX, que montou vários projetos gigantescos, lançando ações em bolsa, hoje vê perdas de até 90% no capital das principais empresas, num conglomerado de 20 unidades.

O quadro no mundo rico ainda é preocupante. O Brasil ensaia melhores resultados. O caminho que, desde 2004, com a nova lei, vem sendo referenciado é o das parcerias público-privadas (PPP). No entanto, não aconteceram como previsto, em razão da burocracia existente, poucas saíram do papel. Porém, a referida PPP nos últimos dois anos chegou ao número de 52. Como o País não realiza planejamento estratégico, as empresas já não esperam o poder público, passaram a criar projetos e ao oferecer aos Estados. O caminho se revela promissor porque pode reverter a estagnação dos investimentos em infraestrutura no Brasil dos últimos anos.