11/05/2013 - GASTOS DO GOVERNO




O progresso tem muito a ver com os gastos do governo. Isto porque eles são divididos em despesas correntes e gastos com investimentos. As despesas correntes contribuem para o somatório de demandas da sociedade. Os investimentos contribuem para a multiplicação das demandas no seu conjunto. Isto tem sido demonstrado no livro de John Maynard Keynes, intitulado por “Teoria Geral, dos juros, do emprego e da moeda”, praticamente uma unanimidade entre os economistas. Dessa forma, a comprovação ocorre nos países nos quais é mais alta a taxa de investimento em relação ao PIB. Por exemplo, a China, que desde a sua abertura em 1979, cresce a taxas próximas a 10% ao ano. Na atual crise, a maior desde a grande depressão, que se iniciou em 2008, a China cresce por volta de 8% ao ano. Lá, a taxa de investimento sobre o PIB representa 45%. Aqui, referida taxa está em torno de 18%. O crescimento atual médio está menor do que 2%, muito embora na era Lula fora o dobro, 4%. No entanto, não se conseguiu mantê-la por falta justamente de investimentos e as inversões governamentais são basicamente na infraestrutura. Para agravar o quadro, os governos do PT ampliaram o número de ministério para até 38. A presidente Dilma acabou de criar o 39º. Sem dúvida, há mais de dez anos que se incha a governança.

A política econômica desde a estabilidade, conquistada com o Plano Real, em 1994, retificado em 1999, mantido no tripé: superávit primário, câmbio flutuante e metas de inflação. Tanto fez parte do programa do PSDB, como do PT. No entanto, a meta de 3,1% de superávit primário sobre o PIB vem sendo abandonada, o câmbio ainda é flutuante, mas a meta de inflação não está sendo cumprida, acima da meta com o viés de alta.

No último ano do governo de FHC, as despesas ainda eram elevadas, visto que a história sempre mostrou um governo pesado, caro e ruim. Porém, os governos do PT as triplicaram. No orçamento de 2013 são previstos gastos somente com pessoal de R$280 bilhões, em termos correntes. Portanto, mais do que claro está que o PT quer a manutenção do poder, gerando muitos empregos no próprio governo. Além do que, cada vez mais, faz partidos atrasados como aliados. Continuando assim, a gestão econômica continuará negligenciando o crescimento econômico, em favor de uma baixa taxa de desemprego, basicamente no setor de serviços e o governo está nele.



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