09/05/2013 - CRESCIMENTO PELA DEMANDA


A teoria econômica tem como sua equação macroeconômica, de estratégia básica, puxar mais pela demanda agregada ou pela oferta agregada, o processo de crescimento econômico. A demanda global é o consumo do país, mais o investimento global, mais gastos do governo, mais exportações (demanda externa). A oferta global é o PIB mais importações. Teoricamente, se a demanda agregada for maior do que a oferta agregada, o ajuste se dá via elevação geral de preços, que é o processo inflacionário.
A opção dos governos do PT foi de crescimento econômico via estímulos maiores à demanda, através de recomposição salarial, principalmente do salário mínimo, com ganhos do referido salário mínimo mais forte do que aqueles concedidos na era de FHC, pelo reforço dos programas sociais, com ênfase no Programa Bolsa Família, pelos estímulos à construção civil, indústria automobilística e a linha branca de eletrodomésticos, além do crédito farto. Referidos estímulos trouxeram para os dois mandatos do ex-presidente Lula um melhor desempenho do que o da era FHC, com taxa média de crescimento do PIB de 4% ao ano. A presidente Dilma recebeu a economia aquecida, que tinha crescido 7,5%, em 2010, com taxa de emprego próxima do pleno emprego. Dessa forma, o ajuste pela oferta, do lado do PIB se tornou pífio, muito menor do que 2% ao ano, nos dois já observados. Portanto, começaram a aparecer os furos deixados pelo governo de Lula. As principais obras de infraestrutura no Brasil se encontram com sérios problemas de conclusão. O TCU mostra que 48% das obras do PAC tem algum tipo de desvio ou de superfaturamento. No entanto, o maior problema da desaceleração do crescimento brasileiro está na indústria, que já não era competitiva internacionalmente, devido ao custo Brasil, enfrenta um câmbio que lhe tem sido muito desfavorável, com problemas de mão de obra qualificada e consequente baixa produtividade. A situação da indústria tende a piorar, visto que os incrementos de consumo têm sido puxados mais pelas importações (lado da oferta agregada), havendo fortes pressões inflacionárias.
Face ao exposto, a atual gestão econômica não encontrou ainda a saída que lhe faça ser credora de melhor desempenho e está muito difícil, visto que baixou a taxa de juros para o menor patamar da história e a economia não se aqueceu.

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