29/05/2013 - GARGALOS ANTES DOS PORTOS


O Brasil tem uma das piores notas na pesquisa anual do Fórum Econômico Mundial, reunião que se realiza há cerca de quatro décadas na cidade de Davos, na Suíça, na avaliação da estrutura de acesso e as instalações dos portos em 144 países. A sua colocação é em 135º lugar. A Lei de Abertura dos Portos, recentemente criada está no caminho certo. Não se pode nem contar com os aeroportos. O País começou as parcerias com alguns aeroportos há pouco tempo. Mas, ainda não continuou. Somente 135 cidades brasileiras os possuem, para voos regulares. Ou seja, 2,4% dos 5.565 municípios. Quer dizer, é também um caos. A precariedade das rodovias a caminho do porto é um problema grave em 100% delas para o porto de Salvador; 71% para o porto de Manaus; 61% para o porto de Santos; 60% para o porto de Suape; conforme pesquisas do Fórum citado acima e da FIESP. A burocracia no Brasil tem o tempo médio de 9 dias para tramitação de documentos portuários, enquanto nos Estados Unidos é de 3 dias. Se o Brasil alcançasse o padrão americano economizaria US$1 bilhão. As ferrovias nem sequer chegam aos portos de grande porte, tal com Suape, Itajaí, Imbituba. Em outros as ferrovias são inutilizadas ou subutilizadas, tais como Itaguaí, Rio Grande, Paranaguá, Salvador. Os armazéns gerais apresentam deficiências na estrutura de estocagem, forçando o escoamento durante a colheita e sobrecarregam a logística. No Brasil somente 11% dos grãos podem ser armazenados em propriedades rurais, enquanto nos Estados Unidos são 65%. Para alcançar o padrão americano de armazenagem seria necessário investir R$2 bilhões anuais, por uma década.

Em síntese, as parcerias portuárias começando para valer. As rodovias para eles contarem com R$500 milhões para acesso aos principais portos. As ferrovias com R$1 bilhão no mesmo sentido. Os armazéns com R$2 bilhões por ano, em uma década, conforme a Associação Brasileira de Terminais e Recintos Alfandegados sugere, poderia elevar a produtividade dos portos brasileiros em 20% e melhorar a competitividade da estrutura atual.

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