28/04/2013 - ECONOMIA DE CAMPOS


Em entrevista exclusiva, para a revista Exame, datada de 01-05-2013, o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, refere-se a que o Brasil precisa abandonar as medidas de curto prazo e ter um planejamento estratégico, para atingir todo o seu potencial de crescimento. Perguntado sobre oito áreas, ele se expôs, conforme síntese abaixo.

1. Conjuntura. – “Estamos num momento de transformações. Os grandes blocos econômicos estão buscando caminhos para sair dessa brutal crise que o mundo vive desde 2008 e isso exige de nós um planejamento estratégico”. No Brasil houve planejamento estratégico de 1949 a 1979. Entretanto, os choques do petróleo desorganizaram a economia obrigaram o Brasil a recorrer ao FMI, em 1980, abandonando o planejamento em.longo prazo..Fato, este ultimo, até hoje.

2. Crescimento. – “O País tem condições de crescer mais de 4% de forma sustentada, sem gerar grandes distorções na economia”. A prova disso é que a taxa média da era Lula foi de 4% e ele foi ortodoxo na economia.

3. Indústria. – “É preciso investir em tecnologia nas áreas em que temos mais vantagens”. Fala-se muito e se faz pouco.

4. Inflação. – “Manter a taxa sobre controle é uma condição inegociável no Brasil”. Na verdade, manter os fundamentos do Plano Real.

5. Concessões. – “O que define a taxa de retorno é a competição entre os interessados”. Tem sido o governo ao fixá-las, incomodando os empresários.

6. Papel do BNDES. – “O Banco dá a impressão que atende primeiro quem não precisa”. Realmente, ele tem sido muito criticado por favorecer o grande capital e os oligopólios.

7. Reforma tributária. – “A implantação deve ser em vários anos para vencer as resistências”. A última grande mudança tributária foi com a Constituição de 1988, mas mantendo a essência da reforma autoritária do final dos anos de 1960.

8. Agências reguladoras. – “É preciso profissionalizar e melhorar o quadro técnico”. A alusão se deve ao fato das nomeações serem por indicações políticas, sendo a maioria nomeada por ser da base política de apoio aos governos do PT, sem formação específica para o cargo.

Mediante esse discurso se fortalece sua candidatura à presidente da república, em 2014, sendo apoiado já como um dos quatro candidatos para o próximo pleito. Estão já em campanha: Dilma Roussef, Aécio Neves, Marina Silva e Eduardo Campos.

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