18/05/2013 - ÍNDICE DO BANCO CENTRAL
O Banco Central (BC) é um órgão bem aparelhado de equipes técnicas e há poucos anos resolveu editar um índice de acompanhamento trimestral do PIB, em paralelo ao trabalho que vem sendo feito há décadas pelo IBGE. Isto porque o IBGE demora muito para divulgar o índice de crescimento econômico, procurando o rigor estatístico, agora mesmo está previsto para ser divulgado no próximo dia 29, enquanto o BC divulgou o seu resultado no dia 15. Quer dizer, aproximadamente duas semanas antes. O Índice do Banco Central (IBC-Br) também foi criado para trabalhar melhor as expectativas dos resultados ou de estimulá-las. Porém, o indicador que vale é o do PIB trimestral do IBGE.
Segundo o BC, a economia cresceu 1,05% no primeiro trimestre do ano em relação aos últimos três meses de 2012. Trata-se do melhor desempenho trimestral dos dois últimos anos. Os analistas de plantão acordam que o IBC-Br indica uma aceleração de atividade no início do ano. No entanto, não estão de acordo que a projeção de uma expansão matemática de 4% para 2013. Pelo contrário, o ambiente de desconfiança para os investidores permanece. Portanto, ninguém ousa prevê mais de 3%, até o próprio governo. O resultado do trimestre em exame é o melhor desde o primeiro trimestre de 2001, quando o mandato da presidente Dilma começou, quando se registrou alta de 1,45%. Mesmo assim, em 2001, o PIB obteve um incremento de 2,7%. No ano de 2012, o PIB fechou com elevação de 0,9%.
Na economia mundial permanece a situação de dificuldades. A Europa repetiu mais um trimestre de recessão, no primeiro deste ano. Os Estados Unidos crescem lentamente. A China diminuiu um pouco a sua taxa de crescimento, um pouco menor do que 8%, sendo o esperado, em contraste com os 10% continuados de mais de uma década. Portanto, essa via não estimulará o Brasil. Na economia doméstica a equipe econômica continua estimulando a demanda agregada, baseada na elevação do consumo, que cresceu 4,5% no primeiro trimestre do ano. Resta saber como está a taxa de investimento. A consequente ilação somente poderá ser feita quando for divulgado o indicador do IBGE, que é, de longe, o mais completo.
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