24/05/2013 - DÉFICIT CONTAS EXTERNAS ABRIL



O Banco Central (BC) divulgou um déficit de US$8,3 bilhões nas contas externas em abril É o pior desempenho para o referido mês, desde quando o BC foi criado, começando a registrar os dados internacionais, há 66 asnos. O montante é bem superior ao esperado pela autoridade monetária, a qual havia previsto déficit de US$6,4 bilhões para abril. O relatório divulgado ontem demonstra o rombo nas transações correntes, que subiu 55%, em relação ao mesmo do ano passado. Para quem não sabe, citado déficit é o resultado das transações de bens e serviços do Brasil com o exterior. Couber também ao departamento econômico do BC explicar o rombo. A principal razão está no fraco desempenho da balança comercial (de bens), que mede a diferença entre exportações e importações. No entanto, o buraco é mais embaixo, na balança de serviços (inclusive os juros da dívida externa), que turbinou o malgrado resultado.

O fato é que os números do governo não estão bons. A equipe econômica está procurando maquiar o que pode. O que não pode, ela não ousa, visto que esse era o comportamento da ditadura. A dívida externa foi a primeira a ter Mark up governamental, ainda com o ex-presidente Lula. Transformou o ingresso de capitais externos em reservas internacionais, não tomando mais empréstimos externos, pagando ao FMI, tendo obtido saldos favoráveis na balança comercial, t5ranformou assim a ameaça da dívida externa em dívida interna, aquilo que esconde para o público, mas que já está em mais de R$2,1 bilhões. Se a população não sente na pele, ela vem subrepticiamente através dos pagamentos anuais de parte dos juros (nunca previu pagar o total dos juros, os governos do PT). Neste ano, prevê cerca de R$150 bilhões, quando a conta dará muito mais. Logo, rola a parte não possível de pagar.

No tocante ao superávit fiscal, a maquiagem envolve esquema sofisticado, envolvendo a Petrobras, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), o Banco do Brasil (BB) e a Caixa Econômica Federal (CEF), dentre outros. Produzem-se papeis, que são trocados entre as mesmas instituições.

Ao que tudo indica, assemelha-se à pirâmide ou castelo de cartas, executado por instituições fraudulentas, que, quando, descobertas, caem, com prejuízos enormes. Mas, o governo federal, é o governo federal e toca para frente o abismo de hoje. Outra coisa, se as coisas estivessem boas, o governo federal não estaria cortando ontem R$28 bilhões do orçamento anual. Pelo contrário, estaria anunciando incremento dos investimentos em infraestrutura.



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