07/05/2013 - DATAFOLHA


Criada há 30 anos, o Instituto Datafolha cresceu muito, ganhou notoriedade, principalmente porque não possui mácula, conforme outros grandes institutos de pesquisa, que nasceram durante a ditadura, ou até antes, como é o caso do IBOPE, os quais mostraram sinais de manipulação ou de condução da opinião pública. Em 1983, a ditadura militar completava 20 anos, mais um ano alcançava a maioridade e deixava o poder, através de eleições indiretas para presidente da República. Nascia então, em 1983, o Datafolha, trazendo pesquisas nacionais, quase sempre na edição dominical da Folha de São Paulo. Firmou-se como uma instituição de enorme credibilidade, talvez a maior em território nacional.

Trinta anos depois, um dos principais problemas apontados era a instabilidade econômica. O Brasil tinha recorrido ao apoio financeiro do FMI, obrigando-se a obedecer a metas de austeridade, acompanhadas de três em três meses, impondo-se a uma recessão econômica prolongada. Ao mesmo tempo, a inflação alcançava mais de 200%. Ora, a principal desculpa da ditadura militar para o autoritarismo ocorreu porque a inflação em 1964 chegou a 91%. Na época, não tinha mais justificativa. Após longo desgaste fazia-se necessária a democratização. Hoje, a inflação está pouco menor de 7% ao ano. Informavam o seu temor da instabilidade, há 30 anos, 21% dos pesquisados. Na atualidade, 7% se declararam temerosos pelo baixo desempenho da economia. O receio de ter um filho envolvido com drogas há 30 anos, eram 23%. Hoje, 45% refletem tal medo. Agora, o que cresceu muito foi o medo de ser assaltado em casa ou na rua, mediante depoimento de 42% dos consultados.

O desemprego naquela época era próximo de 10%. Hoje está em 5,7%. A confiança no Brasil de hoje é bem maior. A principal dirigente brasileira está com a popularidade maior do que 70%. No entanto, a economia está estagnada.

Antes de 1983, o Brasil conheceu o maior período de crescimento econômico, de 1949 a 1979, acima de 6%. Porém, há 30 anos o País ingressou em processo de baixo crescimento, até hoje não superado, embora durante os oito anos do ex-presidente de Lula, a média foi de 4%. Porém, hoje está abaixo de 2%. A perspectiva é de voltar a 3%, o que ainda é baixo, para um país que precisa ter melhor desempenho.

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