04/05/2013 - CRIME PREMIADO
O Conselho do Ministério Público
de Goiás consagra a impunidade ao garantir uma aposentadoria de R$24 mil ao
ex-senador, Demóstenes Torres, cassado pelo Senado, por ligações com a
contravenção, justamente ele que se destacava com defesa severa da moralidade.
Por 7 votos a 5, os conselheiros decidiram que Demóstenes deve ser considerado
membro vitalício do MP de Goiás. Isso significa que ele não poderá ser demitido
e que a sua punição se restringe a suspensão de atividades, advertência e
aposentadoria com vencimentos integrais. Para os referidos conselheiros, a
vitalicidade independe do afastamento do cargo. No fundo, o crime compensou
para Demóstenes, que foi premiado pelos colegas procuradores. Isso acontece
quase sempre com magistrados, sendo protegidos pelo ‘espírito de corpo’.
Nos altos cargos públicos da
República existe quase sempre uma válvula de escape para 300 picaretas entre
513 membros, que foi música com o conjunto famoso “Paralamas do Sucesso. No
Senado estão vários senadores, diretores, ex-presidentes e atual presidente
respondendo por processos. A regra é também a impunidade.
No ano passado, por vários meses,
foi efetuado o maior julgamento da história brasileira, quando 39 mensaleiros,
acusados de propina ou de propineiros, foram objeto de processos, sendo 25
condenados pelo Supremo Tribunal Federal (STF). A população, em geral, aprovou
o julgamento. Como todo julgamento cabe recurso, mesmo na última instância, o
STF. Porém, os recursos tiveram prazo esgotado ontem. Todos os 25 recorreram.
Porém, os recursos serão avaliados pelos ministros do STF.
Os mensaleiros da Câmara, detendo
mandato, defenderam a aprovação de projeto pela Comissão de Constituição e
Justiça, de que o Congresso passaria a ter controle do STF, o que está sendo
conhecido como golpe dos condenados, eles legislando contra o País. Porém, isto
não tem condições de prosperar, visto que é mesmo que instalar uma guerra entre
os três poderes, e não, a harmonia que deve haver entre os poderes, conforme
está afiançado pela Constituição de 1988.
Acima está uma amostra de grandes
questões que o Brasil precisa enfrentar, visando fazer as verdadeiras reformas
para o desenvolvimento.
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