31/03/2016 - SISTEMA PREVIDENCIÁRIO INSUSTENTÁVEL
O sistema previdenciário brasileiro
é classificado como um dos mais insustentáveis do mundo, segundo consultorias
internacionais (Allianz e Mercer) e a própria consultoria legislativa do
Senado. A previsão federal é de que a Previdência irá consumir 40% do orçamento
nacional ou 54%, se forem incluídos gastos com servidores públicos aposentados
e beneficiários do regime LOAS (regime de aposentadoria por idade sem
contribuição de tempo integral), para pessoas com mais de 65 anos ou
deficientes de baixa renda. Já as despesas com as referidas proteções sociais
representam 13% do PIB e com tendências para crescer. A demografia acelera o
problema, na medida em que a população de idosos está crescendo a taxas
crescentes, havendo cada vez menos jovens para trabalhar e para contribuir para
o sistema em referência. Ademais, a expectativa de vida já ultrapassou 75 anos.
Assim, aqueles que se aposentam no quadro atual receberão benefícios por cerca
de duas décadas.
Estudo da empresa Allianz mostra
que o Brasil ficou, no ano passado, em segundo lugar entre as 50 maiores
economias do globo, que mais consomem recursos previdenciários, atrás só da
Tailândia. Já a consultoria Melbourne Mercer Global Pension Index, no rol de 25
maiores países, o Brasil aparece com o terceiro maior gastador previdenciário.
A Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), baseada na
Europa, acompanha a evolução de mais de 40 países, que, vendo conclusões do
último fórum da Previdência brasileira, no qual a idade média para
aposentadoria das mulheres é de 53 anos e a dos homens de 56 anos, constatou
que é estes são os menores pisos entre os países por ela selecionados. Por seu
turno, estudo publicado pela consultoria legislativa do Senado mostra que a
fixação de uma idade mínima para ambos os sexos, considerando o tempo de
contribuição, afetaria principalmente as regiões Sul e Sudeste, ajudando a
reduzir a desigualdade na distribuição de renda. Os tipos de aposentadoria em
vigor têm participação maior nos Estados mais ricos, sendo o seu valor maior do
que o dobro dos aposentados por idade.
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