26/03/2016 - BELO MONTE VIRA REALIDADE
A Usina de Belo Monte está sendo
instalada no rio Xingu, barragem de Pimentel, cujas obras viárias estão mais
próximas da cidade Altamira, no Pará. Em abril será acionada a primeira turbina
da segunda maior usina hidrelétrica brasileira, a terceira do mundo, atrás da
usina hidrelétrica de Itaipu, no Paraná e de Três Gargantas, na China. Porém, a
obra final somente acontecerá em 2019, faltando só 10% do total. A capacidade
instalada de 11.233,1 megawatts, quando irá atender 60 milhões de pessoas ou 18
milhões de residências, em 17 Estados. São Paulo será o maior consumidor com
cerca de 30% da energia a ser gerada. O custo estimado é der R$26,8 bilhões,
mais R$3,7 bilhões em ações de compensações socioambientais (mais de R$30
bilhões). Só com respeito à questão de infraestrutura indígena se tem para 30
aldeias.
O gigantismo de Belo Monte, cujos
estudos ambientais surgiram a partir de 2007, tem sido muito combatido por
Organizações não Governamentais. A população local teme desastre semelhante ao
vivido pela região de Mariana, em Minas Gerais, pelo rompimento de uma grande
barragem, cujos estragos somam dezenas de bilhões de reais. Os pescadores nas
margens do Rio Xingu estão já perdendo áreas e equipamentos de pesca. A
concessionária Norte Energia tem afirmado que a barragem é totalmente segura e
de que tem plano de contingências de seus cursos de água.
Na esteira de efeitos, agora que
as obras maiores já foram feitas, foram desempregados cerca de 30 mil cidadãos,
que flutuam na região, trazendo um caos urbano na região de Altamira, onde se
elevou demasiadamente a violência e infelicitou a vida da população local,
principalmente na hora em que o País passa por severa recessão.
A usina de Belo Monte será a
segunda do País. Será muito importante porque contribuirá para o uso futuro
energético brasileiro. Repete-se, assim, o bom planejamento, à semelhança do
que houve com Itaipu, muito criticada nos anos de 1970, devido a ser feito com
enorme capacidade ociosa, sendo hoje responsável pela metade da energia
elétrica do País.
Publicado antecipadamente.
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