29/03/2016 - INSEGURANÇA CANCELA MUITO PROJETOS




A Companhia de Seguros JLT, baseada em Londres, Reino Unido, em razão da sua carteira de clientes, entre ativos, desistentes e prováveis no Brasil, em pesquisa de abril de 2015 a março de 2016, considerando investimentos acima de US$100 milhões, revelou que 52 grandes projetos foram cancelados, no valor de US$85 bilhões, equivalentes a R$318 bilhões, referentes a obras em fábricas, shoppings centers, bem como em parcerias em energia e saneamento. Em estudos estavam US$468,6 bilhões, relativos a 504 projetos. Em execução de obras se encontravam US$157,7 bilhões, correspondentes a 419 projetos. Concluídos se encontraram US$96,3 bilhões, atinentes a 465 projetos. Em anteprojetos e contratações se identificavam US$13,7 bilhões, referentes a 48 projetos. Anunciados como propostas novas R$1,2 bilhão, relativos a 18 projetos.

Não somente a insegurança cancelou muitos projetos (52), bem como novos projetos anunciados foram poucos (18). Argumentam os investidores que a guerra fiscal entre Estados, a burocracia, a instabilidade do ambiente geral dos negócios, a elevada carga tributária, a profunda recessão e a crescente instabilidade política tem afugentado investidores.

As impressões que estão tendo, tanto o investidor nacional como o internacional, para realizar uma parceria público-privada, é a de que o setor público pode ficar sem recursos, comprometendo a taxa interna de retorno dos negócios.

Olhando as finanças brasileiras, o governo federal lançou um pacote de R$83 bilhões, para financiamentos, mediante recursos dos bancos oficiais e do FGTS. Porém, inseguros em meio à crise, os brasileiros somente usaram até agora 2,7% dos recursos, que deveriam reanimar a economia nacional. Os investidores estão vendo que as famílias estão com baixo apetite para gastos, além de alto endividamento e falta de confiança nos rumos do País.

O melhor desempenho continua sendo o do crédito rural. Mesmo assim, somente R$1,4 bilhão de financiamentos foram tomados para a safra 2016/2017, dos R$10 bilhões anunciados.

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