03/03/2016 - POLÍTICA DE PREÇOS DA PETROBRAS





No primeiro mandato da presidente Dilma, devido a sua interferência, a Petrobras vendeu a gasolina e o diesel a preços artificialmente baixos, entre 2011 a 2014.  Perda calculada da estatal alcançou R$100 bilhões. Na época o barril estava por volta de US$100.00. Em menos de dois anos, de meados de 2014 para fevereiro de 2016, os preços do barril baixaram 70%. No entanto, a Petrobras não repassa aos consumidores, ao contrário do que acontece em muitos países, alegando que agora está compensando o benefício dado no primeiro mandato. O custo de quem depende de combustíveis, tais como redes de transportes, têm custos mais altos do que concorrentes do exterior. Além disso, está havendo uma oportunidade desperdiçada no combate da inflação. O índice geral de preços poderia cair 1,5%, de 10,7% para 9,2%, se a queda da cotação internacional fosse repassada ao mercado interno, o que poderia traduzir-se em estímulos à economia. Em 2015, os brasileiros poderiam ter economizado R$74 bilhões se os preços dos combustíveis fossem iguais aos pagos pelos americanos. Só em um ano foi compensado quatro anos. E por que a Petrobras não irá baixar preços? Claro, a empresa está em um atoleiro terrível, em razão das investigações da operação Lava-Jato, as quais paralisaram grande parte dos seus investimentos e a fizeram vender ativos.

Dessa maneira, em 2014, nos Estados Unidos a gasolina caiu 30%. Na Inglaterra se reduziu 13%. No Brasil subiu 12%. A situação ficou parecida em 2015. Mas, a economia do repasse dos preços do petróleo à economia doméstica seria de R$99 bilhões no ano passado. A Petrobras não pode contar com o aumento das receitas externas, em razão da baixa de preços, para fazer caixa, enfrentando uma dívida de R$500 bilhões.

O fato é que no primeiro mandato os preços dos combustíveis foram reprimidos na alta. No segundo mandato, estão sendo reprimidos na baixa. Uma política econômica errada. Ao contrário do que deveria ter sido.

Na década passada, o jornal londrino Financial Times dizia que o País decolava cuja representação era a estátua do Cristo Redentor subindo feito foguete. Nesta década, o mesmo jornal se refere a que o Brasil se afunda na recessão, mediante a imagem de um mesmo Cristo de cabeça para baixo, descendo também como foguete. Acredita o referido jornal que o fim histórico do brilho das commodities, acentuada pela queda dos preços do barril do petróleo, o acrônimo BRIC, Brasil, Rússia, Índia, China, perdeu sentido para Brasil e Rússia, tradicionais exportadoras as citadas matérias primas. Um novo grupo está formado os TICKs, Taiwan, Índia, China, Coréia do Sul, as quais se apoiam em inovação, serviços e em tecnologia, na permanente evolução digital.

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