23/03/2016 - SANEAMENTO BÁSICO
Conforme o Instituto Trata
Brasil, que cataloga dados sobre água e esgoto da América Latina, conhecido
como saneamento básico, verifica que metade da população brasileira não conta
com coleta de esgoto e apenas 25% das localidades contra com tratamento de
dejetos. O exame foi efetuado com bases no Sistema Nacional de Informações do
Ministério das Cidades, referentes a 2014. Por seu turno, cerca de 35 milhões
de brasileiros não recebem água tratada. No rol de 17 países latino-americanos
o Brasil ocupa a 11ª posição, na classificação da Comissão Econômica de
Planejamento da América Latina (CEPAL). Referido instituto revela que os investimentos
realizados são maiores nas capitais do que nos centros mais distantes. Claro, o
poder político dos pequenos centros é menor para reivindicar saneamento básico.
Ontem foi o dia mundial das águas
e teve pouca repercussão no Brasil, por tratar-se aqui de um bem abundante.
A Agência Nacional de Águas (ANA)
foi criada somente no ano 2000, pela Lei 9.984, tendo pouca repercussão na
imprensa e na sua própria página da internet não apresenta balanços de sua
situação. É fato que ela possui Atlas do Abastecimento Urbano de Águas do País,
bem como agenda de conservação de água do solo, agenda nacional de água
subterrânea, programa interágua, programa produtor de água, programa de
avaliação da qualidade da água, pacto nacional por gestão de águas, grupo do
Amazonas. Mas, o sentimento nacional é de que não se conhece o bem o que a ANA
faz e se subentende que há falta de recursos.
Uma observação nos grandes
jornais, cotidianamente, poucas notícias se tem de águas livres e esgotos, onde
se proliferam as doenças. Mas, a toda edição dos referidos diários se têm
notícias sobre as epidemias da dengue, zika, chikungunya, microcefalia, bem
como de outras doenças derivadas de picadas de mosquitos, tais como febre
amarela, malária, dentre outras. Por que não prestar mais atenção ao exame das
águas?
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