06/03/2016 - PROGRAMA NACIONAL DE EMERGÊNCIA




No 36º aniversário do Partido dos Trabalhadores (PT), foi lançado o Programa Nacional de Emergência, como sugestão para adoção da presidente Dilma. Ela não disse que sim, nem não. O seu governo defende três propósitos, elevar a idade da aposentadoria, criar tetos para os gastos públicos e aprovar a recriação da CPMF. Os referidos propósitos dependem de aprovação do Congresso Nacional. O PT não apoia as citadas proposituras, visto entre elas está o abandono de elevação real do salário mínimo, em processo de recomposição desde o Plano Real, de 1994. O receituário do PT compreende a redução da taxa básica de juros, aumento dos gastos públicos, incluindo-se um reajuste de 20% no Programa Bolsa Família, além de usar as reservas internacionais para abater a dívida. O PT acredita que vale a pena relançar a política econômica do governo de Lula, baseado no estímulo do consumo, do crédito, da casa própria e na ampliação dos programas sociais. Ora, referido modelo se esgotou. É só observar que o consumo recuou 4% no ano passado, após doze anos de crescimento. Os preços das matérias primas caíram substancialmente. Os investidores privados diminuíram 14% as suas inversões no ano passado. A China não está comprando tanto do Brasil como fez na década passada. O esfriamento da economia a colocou em recessão. Dois anos de investigações da operação Lava-Jato, derrubaram a Petrobras a menos de 10% do seu valor de mercado e tem custo estimado de – 2% do PIB.

No seio da própria equipe econômica se fala em reformas estruturais. Mas, não há a adoção clara de projetos para elas. Ademais, é preciso reestabelecer o nível de emprego de dois anos atrás, cujo desemprego era menor do que 5%, reestabelecer o nível de confiança dos consumidores e dos investidores. Quando Lula assumiu em 2003, o nível de investimento era de 16%, subindo para 20% entre 2003 a 2010. Hoje, voltou-se para 16%. A economia está patinando.

Em resumo, a saída da crise está em gerar empregos, ativar os investimentos e recriar confiança. Aguarda-se, portanto, mudanças de postura da gestão econômica.

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