07/03/2016 - CRÉDITO CONTRA INADIMPLÊNCIA




Os bancos abriram créditos a taxas de juros mais baixas, vendo que as famílias ingressaram forte no uso do cartão de crédito e do cheque especial, linhas caríssimas e que só fazem agravar a situação dos devedores, que já fizeram uso do crédito consignado e estão em apuros. A Caixa Econômica pratica a linha Penhor, oferecendo crédito a 1,93% ao mês. No caso da garantia ser bem imóvel, pode baixar a taxa de juros para até 1,54% ao mês. A taxa média do crédito consignado é de 2% mensais. Para aqueles que já o têm, o Banco do Brasil e o Bradesco oferecem crédito alternativo à taxa de 3,5% ao mês. O fato é que a crise econômica se amplia ainda mais, tendo as grandes instituições financeiras previsto que a inadimplência irá piorar no segundo semestre deste ano. Elas possuem institutos de pesquisa ou postos avançados de observação de dificuldades de pagamentos monetários. Assim, baseados nos dados da Boa Vista SPC, verificou que o número de pedidos de recuperação judicial triplicou no primeiro bimestre de 2016, em relação a igual período de 2015. Trata-se principalmente de redes de lojas de vendas de roupas e brinquedos.

As tradicionais redes de lojas, tais como Casas Bahia, Insinuante, Ricardo Elétrico, Magazine Luiza, Grupo Pão de Açúcar fecharam dezenas de lojas no ano passado. Pelo menos, estas duas últimas registraram prejuízos em 2015. No exercício, as vendas do comércio de varejo baixaram 4,3%, interrompendo um longo ciclo, de 2004 a 2014, de média anual de crescimento de 7% ao ano.

Um rol de grandes empresas brasileiras está preocupando credores internacionais, devido a ter notas de crédito muito ruins pelas agências de internacionais de risco. Dez firmas gigantes estão ameaçando não honrar suas dívidas, segundo as citadas agências, citadas nominalmente a Gol, a Oi e a Usiminas. São estas três empresas que acumulam dívidas de mais de R$100 bilhões, segundo a Bloomberg, sendo a OI a dona do maior endividamento, de cerca de R$44 bilhões. O mau desempenho se deve, segundo elas, à fraca demanda interna, da disparada do dólar, dos juros altos e da perda de selo de bom pagador do Brasil. Mas, a campeã em dívida é a Petrobras, de mais de R$500 bilhões, sendo a maior parte em moeda estrangeira.

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