30/03/2016 - SALVAÇÃO PELA LAVOURA



Somente o setor da agropecuária não está em recessão no Brasil. No ano passado, cresceu 1,8%, perante uma queda do PIB de – 3,8%. Neste ano também a agropecuária irá segurar maior queda do PIB. Agropecuária compreende o agronegócio e a pequena produção. Somados correspondem a 32% do PIB. O setor industrial corresponde a 10% e o setor terciário (comércio, serviços, bancos) a 58% do PIB. Mediante injeção pesada de tecnologia em todas as etapas do processo produtivo e de câmbio favorável, o agronegócio tem ultrapassado os gargalos da infraestrutura e mantido competitividade internacional. O carro-chefe tem sido a produção e exportação de soja. A produção deverá ultrapassar 100 milhões de toneladas de grãos. Cerca da metade da produção nacional da espécie. A safra acontecerá em meados deste ano, não obstante as irregularidades climáticas que atingiram seis Estados, incluindo os principais produtores de soja: Bahia, Mato Grosso e Paraná. Mesmo assim, a Companhia Nacional de Abastecimento prevê a produção de 101,2 milhões de toneladas de soja. O Brasil que é o maior exportador do referido grão, caminha para ser o maior produtor, quando poderá ultrapassar os Estados Unidos.

Boas práticas agronômicas, como capricho na escolha das sementes e velocidade adequada dos plantios. Ademais, disponibilidade de crédito a taxas atrativas de juros, crescimento das cooperativas e elevada demanda externa, a exemplo do que acontece na China. Segundo a Confederação Nacional da Agricultura a dívida do setor agropecuário chega a R$200 bilhões, perante baixa taxa de 4% de inadimplência.

A previsão é de que a safra de grãos corresponda a 210 milhões de toneladas, quebrando o recorde da produção pelo sétimo ano seguido. Desde 2000, o Brasil mais do que dobrou o volume de colheita de grãos. O melhor a destacar é que este avanço ocorreu pelo crescimento da produtividade. Isto é, os agricultores estão colhendo cada vez mais por área plantada. A produtividade em 2010 era de 3,1 toneladas por hectare; em 2013, 3,5; em 2016, 3,6 (prevista pelo Ministério da Agricultura). Por seu turno, a balança comercial brasileira de 2015 se encerrou com um saldo do agronegócio de + US$75 bilhões; um saldo do restante da economia de – US$55 bilhões; saldo final de + US$20 bilhões.

Grande avanço está se dando no Nordeste. Em área já estabelecida nos Estados do Maranhão, Piauí e Bahia e em um novo polo em Sergipe. Convém frisar que as áreas são de produção de grãos e para onde avançam a grande produção.

 

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