05/03/2016 - ECONOMIA ENCOLHEU 3,8% EM 2015




O IBGE divulgou ontem que o PIB do País recuou 3,8% em 2015. Trata-se do patamar de riqueza de 2009, quando o Brasil possuía uma população inferior a 200 milhões de habitantes, estando hoje com cerca de 205 milhões. O PIB foi estimado em R$5,904 trilhões, equivalentes a US$1,77 trilhão. O PIB per capita se situou em US$8,634.00, quando já foi superior a US$11 mil. O PIB per capita caiu tanto também pela desvalorização do real por volta de 50% em 2015.

Olhando a demanda agregada, o consumo das famílias se retraiu - 4%, a primeira nos últimos doze anos; os investimentos das empresas – 14,1%; o gasto público – 1%; as exportações deram a primeira contribuição positiva ao PIB, em dez anos, subindo 2,7%. O PIB brasileiro caiu para o nono lugar do mundo, sendo ultrapassado pelo PIB da Índia e da Itália, conforme ranking elaborado para 189 países pelo Fundo Monetário Internacional. Vendo a oferta agregada, apenas o setor agropecuário cresceu 1,8%; o setor industrial encolheu – 6,2%, na maior queda da série histórica iniciada em 1996; o setor de comércio e serviços teve recuo de – 2,7%; separando-se só comércio o recuo foi de – 8,9%.

O que aconteceu no ano passado foi um retrocesso econômico que só se viu há 25 anos, em 1990, quando Fernando Collor congelou em torno de 80% do dinheiro, para imobilizar a economia, visando controlar a inflação, sendo o recuo de uma vez só de – 4,3%. Em 1991, a economia cresceu por volta de 1%. Agora, não está sendo previsto crescimento neste ano. Pelo contrário, recuo também por volta de – 4%. Será a segunda vez que se registra recessão em dois nãos consecutivos. Antes, o registro é de 1930-1931, por força da maior crise do capitalismo, que foi a Grande Depressão. Em 1930, o PIB se contraiu em – 2% e de – 3% em 1931. Portanto, a cacetada que haverá no biênio 2015-2016 poderá ser de redução da riqueza por volta de 8%.

Os números ruins são acompanhados também de que a perspectiva de melhora somente virá em 2017, mediante baixo crescimento econômico.

Infelizmente, quando se propaga o pessimismo generalizado na economia, os consumidores retraem suas compras e os empresários os seus investimentos. Por fim, o governo federal nem sequer tem uma agenda de melhoras.

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