04/03/2016 - O PIOR CEGO É O QUE NÃO QUER VER



Uma das maiores, se não a maior, constatação pessimista, está estampada nas revistas da Editora Abril. Dessa forma, em artigo do diretor J. R. Guzzo, na revista Exame, datada de 02 de março passado, coluna Vida Real, título “Nada mais a esperar”. Assim se expressa: “O grande problema econômico do Brasil chama-se ‘governo Dilma Rousseff’. Enquanto estiver aí, continuará a envenenar tudo o que toca e a impedir qualquer melhoria, pois só sabe agir como tem agido até agora. O ano mal começou, mas já está definido, logo em fevereiro, que o Brasil, terá uma recessão superior a 4% em 2016, a pior da série estrelada pela presidente Dilma Rousseff, o que volta a confirmar as previsões de que estamos diante da mais longa série de retrocessos jamais registrada na história da economia brasileira. A classificação do Brasil nas tabelas das agências internacionais de avaliação de risco acaba de piorar de novo; a situação da delinquência criada pelo presente governo afunda ainda mais o País na companhia de algumas das nações mais tenebrosas do planeta em matéria de nulidade econômica. Só a Venezuela, segundo vem constatar a ONU, está tendo um desempenho pior do que o nosso, coisa muito natural, na verdade, quando se leva em conta o sonho dourado do governo, do PT e do mundo mental em seu redor é entregar-se um dia, se puderem, ao ‘modelo venezuelano’. Fora os resultados da balança comercial, com superávit causado pelo desabamento das importações, nenhum outro dado é positivo; vai tudo de pior a pior ainda. Temos também uma epidemia de dengue, fruto da inépcia da ação sanitária do poder público. O ex-presidente Lula, que teoricamente poderia colocar algum freio na demência progressiva do governo Dilma, está se perdendo num miserável processo de desmoralização e não tem ânimo nem tempo para colaborar com coisa nenhuma que não seja a salvação do próprio couro. A presidente e sua equipe não tem nada que se possa de chamar de ‘plano de ação’ para interromper a degeneração da economia em 2016 e adiante”.

Diz o ditado popular que “o pior cego é o que não quer ver”. Aqui deste espaço, em que não se acredita que a recessão será pior do que 4%, neste ano, apostando por volta de 3%, vê-se forçoso acreditar na principal constatação do articulista da revista Exame, de que o governo não tem um ‘plano de ação’. Mas, se não mudar o quadro político, sonha-se com uma mudança de perspectiva na cabeça da equipe econômica, para que a situação não fique mais deletéria do que está. É urgente se chegar ao fim do túnel e voltar à recuperação da economia. Portanto, tem-se alguma coisa a esperar, pelo menos de que se chegue logo ao fundo do poço. A recuperação é fato histórico em todo ciclo econômico. É questão de tempo.

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