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Mostrando postagens de outubro, 2013

31/10/2013 - REPERCUSSÃO DO CASO BATISTA

A lei da recuperação judicial de empresas substituiu a lei das concordatas, não tendo mudado a essência de a empresa recorrer à justiça para arbitrar a renegociação de suas dívidas. Em menos de uma década da sua existência aproximadamente 5% das empresas que recorreram a ela voltaram à normalidade. Causa furor internacional o brasileiro Eike Batista, que construiu patrimônio meteórico, tendo sido classificado pela revista Forbes como o homem mais rico do Brasil, detentor de uma das cem maiores fortunas mundiais, ter recorrido à justiça para recuperação judicial da sua empresa petrolífera OGX. Os jornais especializados do Hemisfério Norte teceram sérios comentários sobre o acontecido, fazendo correlação entre o grande crescimento do emergente Brasil, em face do grande incremento do preço das commodities na década passada, o qual agora patina no processo de crescimento econômico, sendo Batista a prova de que a situação mudou para pior. Os baixos indicadores econômicos do PIB brasilei...

30/10/2013 - APERTO DO TESOURO

O Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) são recursos depositados mensalmente pelos empresários, para fazer face às indenizações dos trabalhadores, seja a qualquer momento, seja quando da sua aposentadoria. Surgido em 1966, ele substituiu a estabilidade no emprego, então existente. Daquela época, para os dias atuais, ele se constituiu em um fundo estável, visto que, mensalmente, as demissões correspondem a cerca de 5% do total dos empregados, ficando 95% guardados, para saque futuro. Em razão da experiência, é possível estimar o orçamento para o próximo ano, bem como as suas aplicações. Para 2014, o orçamento do FGTS está projetado em R$72,6 bilhões. Destinados à habitação poderão ser R$57,8 bilhões, quase 80% do total, sendo a maior parte dele destinados ao programa de habitação popular denominado de Minha Casa, Minha Vida. Para este, o Conselho Curador do Fundo estima R$6 bilhões de subsídios, descontos nos valores dos imóveis a fundo perdido, até 2017. A perspectiva é para ...

29/10/2013 - FALTA DE QUALIFICAÇÃO

Não bastasse a indústria nacional ter problemas com o câmbio muito valorizado, o que dificulta ou até impossibilita exportações de manufaturados, além de alto “custo Brasil” de logística com transportes, com armazenamento, mais outro item torna penosa à atividade, ou seja, a falta de mão de obra qualificada, afetando 65% das indústrias brasileiras, segundo a recente pesquisa da   Confederação Nacional da Indústria (CNI), hoje divulgada, notadamente para os segmentos extrativo e de transformação. Dessa forma, a busca pela eficiência, bem como a redução de desperdícios são os principais problemas decorrentes da falta de empregados qualificados, de acordo com 75% das empresas consultadas. Continuando os resultados, 49% delas têm dificuldades para qualificar funcionários, apontando a baixa qualidade da educação básica como o maior empecilho. Por isso, citadas empresas intensificam a capacitação dos trabalhadores no próprio ambiente do trabalho, o que lhes traduzem custos ainda maiore...

28/10/2013 - PERSPECTIVA BAIXA 2014

Os governos do PT começaram com Lula, em 2003, prometendo “o espetáculo do crescimento”. Isto é, a economia crescendo acima de 5% ao ano. A ideia era de o país voltar a fazer “o voo de águia”, semelhante ao dos anos de 1970, não prosseguindo com “o voo de galinha” de mais de duas décadas anteriores. Porém, a mudança de curso não aconteceu. A era Lula, de oito anos, conseguiu uma taxa média de 4%. O desempenho do mandato de Dilma recuou bastante, obtendo taxas de incremento do PIB até inferiores a média dos oito anos da era FHC, que foi de 2,3%. Por exemplo, no ano passado a taxa de crescimento econômico foi de 0,9%. Em 2011, alcançou 2,7%. Para 2013, é esperado por volta de 2%. Até a equipe econômica prospecta 2,5%. Tendo em vista fazer uma sondagem para a perspectiva do próximo ano, a revista Exame, datada de 30-10-2013, ouviu os principais dirigentes das 200 maiores empresas brasileiras. Ela, que há quatro décadas analisa pelo menos as maiores e melhores 500 empresas nacionais, c...

27/10/2013 - INFRAESTRUTURA REQUERIDA

                                                                                       O Anuário Exame de Infraestrutura 2013-2014 contratou a consultoria McKinsey para estimar quanto de recursos necessários, para os próximos 20 anos, o Brasil necessita para atingir o nível de países avançados em infraestrutura. Referida consultoria calculou que serão necessários R$5 trilhões ou R$240 bilhões por ano. No ano passado, os gastos governamentais com infraestrutura foram de R$100 bilhões, correspondentes a 2,2% do PIB. A participação da média mundial em infraestrutura é de 3,8% do PIB global. Para alcançar o grupo dos países ricos o Brasil teria que investir doravante 5,5% do PIB.   Em países emergentes como a China, os gastos em infraestrutura alcançam 8,5% do PIB. N...

26/10/2013 - DISTORÇÕES VISTAS DE FORA

Não é de hoje que organismos internacionais importantes, tais como a ONU, FMI, BIRD, BID, OCDE, Agências de Risco, sendo as maiores Moody’s, Fitch, Standard & Poor’s, bem como economistas famosos locais e mundiais, que acompanham as contas públicas dos principais países em progresso, chamados de avançados e emergentes (os pobres são considerados casos para intervenção ou de ajuda internacional, mas o que existe ainda é assistencialismo), tecendo severas críticas quanto aos erros ou manipulações de estatísticas, as quais não permitem conhecer a real situação de cada país, em padrão estatístico internacional.      Recentemente, as agências de risco tem ameaçado reduzir a nota brasileira, considerando elevada a dívida pública e das estatais, tal como o rebaixamento da nota da Petrobras, pela Moody’s. Agora o caldo engrossou com a OCDE, órgão de cúpula da Comunidade Europeia, que acompanha trimestralmente cerca de 40 países, os quais compõem mais de 80% do PIB mu...

25/10/2013 - REVALORIZAÇÃO DO REAL

A política econômica brasileira, desde 1979, deixou de ser basicamente estrutural, isto é, via planejamento econômico, para ser basicamente conjuntural, via política monetária, política cambial e política fiscal. Na política monetária, o Banco Central administra a meta de inflação, agindo sobre a taxa de juros. Na política cambial (que é a monetária externa), o Banco Central trabalha para manter o real valorizado, desde 1994, para também combater a inflação. Na política fiscal, procura manter elevada a alta carga tributária, para gerar superávit primário, conseguindo pagar os juros da dívida pública e obter grau de investimento (crédito externo). O 10º Fórum de Economia da Fundação Getúlio Vargas, realizado no início deste mês, focalizou o câmbio valorizado como estratégia de política econômica conjuntural, desde a edição do Plano Real, mudança inversa do câmbio desvalorizado comumente realizado desde 1930 a 1994. O câmbio depreciado desde 1930 protegeu a indústria brasileira e ser...

24/10/2013 - PREÇO DA GASOLINA

  Pelo menos nos últimos 30 dias o assunto econômico mais debatido foi o leilão do maior campo de petróleo da área do pré-sal, a jazida de Libra, na qual a Petrobras ficou com 40%. A União receberá 41% do petróleo excedente, tendo concluído a presidente da República que, ao menos 85% dos recursos do citado campo ficarão para o conjunto da União com a Petrobras. A questão que mais tem sido colocada é de que a Petrobras não está tendo capacidade de investimento, para fazer a exploração inicial em cinco anos. A agência internacional de risco Moody’s rebaixou a nota da Petrobras justamente pelo alto endividamento da empresa e da sua incapacidade de poder realizar os investimentos que a cada ano se traduzem em seu plano de negócios. A estatal vocaliza que os preços dos seus derivados estão administrados desde 2005, para que não haja repercussão na taxa inflacionária, que vem sendo represada há muito tempo. A solução seria a elevação de preços gradativamente, segundo analistas do me...

23/10/2013 - MOROSIDADE JUDICIAL

  Em um país no qual a burocracia vem desde 1500, mediante instalação de cartórios, os poderes constituídos são muito devagar em tomar decisões. O 120º lugar brasileiro na classificação do Banco Mundial entre 184 países mostra a burocracia como um dos maiores entraves para o desenvolvimento. Para consertar isto se precisa de várias reformas, a começar com a política. No legislativo as reformas necessárias ficam travadas. Um exemplo: a votação sobre o marco regulatório da mineração, que parecia de rápida aprovação, está paralisada no Congresso. O principal motivo é o prazo para o direito da pesquisa mineral. O projeto de lei da mineração fixa o prazo de um a três anos. Ora, hoje em dia, o concessionário não tem prazo fixo, havendo lavras que demoram anos a fio, havendo casos que duram vinte anos. Quantos bons projetos de reforma não estão lá? Tal como a reforma tributária, que não passa. A última mudança na estrutura tributária aconteceu pela Constituição de 1967, de forma outo...

22/10/2013 - LEILÃO SEM DISPUTA

  Ontem foi realizado o leilão do maior campo de petróleo já descoberto no Brasil, denominado por Libra, na bacia de Santos, no primeiro regime de partilha. Isto é, a União receberá bônus de R$15 bilhões, agora em novembro, em troca permitirá a exploração. Não houve leilão e sim oferta determinada e procura certa. Apresentou-se um consórcio composto pela Petrobras, arrematando 40%; a anglo-holandesa Shell com 20%; a francesa Total com 20%; a chinesa CNPC com 10% e a chinesa CNOOC com 10%. A União receberá 41,65% do petróleo produzido, de forma excedente, depois de cobertos os custos de produção. A produção é prevista para 2018. Mais cinco anos (2023) será atingido o pico de 1,4 milhão de barris. A partir do início da produção (2018), mais 30 anos (2048), data estimada da extinção da jazida, a União obterá receitas projetadas de R$1 trilhão, conforme a presidente da Agência Nacional de Petróleo. O modelo anterior, fundado em 1999 é o de concessão, sem que a União receba petról...

21/10/2013 - ESTADO LEVIATÃ

  Leviatã é o monstro do caos, na mitologia fenícia. Na Bíblia é animal aquático ou réptil, perigoso, pela sua atuação. Há cerca de 50 anos o grupo Abril, tem feito serrada luta contra a presença do Estado na economia. Aplaudiu os mandatos de FHC. Apoiou primeiro mandato de Lula. Não apoiou o segundo. Está radicalmente contra o governo de Dilma. O motivo é o governo ter criado mais 13 estatais e querer monitorar as grandes empresas da área de infraestrutura ou na área estratégica. Traz a sua revista Veja, nas páginas amarelas desta semana, entrevista com Sérgio Lazzarini, diretor de pesquisas do Insper, escola de economia e negócios em São Paulo, especialista nas interconexões que existem entre as empresas e o Estado brasileiro. Um arauto da livre iniciativa. A revista Veja, datada de 16-10-2013, é taxativa: “O professor do Insper diz que o aumento do intervencionismo do governo na economia emula os mesmos princípios da ditadura e abre espaço para ainda mais corrupção”. Em...

20/10/2013 - COMPOSIÇÃO IMPERIAL

  Em todas as eras houve a liderança imperial, ainda que houvesse mais de um império, a composição imperial se deu pelo uso do dinheiro ou seu equivalente na época em que ele não se constituía como espelho da riqueza. O atual império econômico surgiu pelo desmoronamento do império inglês. Portanto, em 1776, aconteceu a independência da Nova Inglaterra, intitulando-se Estados Unidos da América, em clara pretensão de anexar o novo mundo que surgiu desde 1500, compondo-se hoje de 51 Estados. Primeiro, através de guerras separatistas. Depois, dando o calote, não pagando a dívida externa, imposta pela colonização. Nos Estados citados não houve a proibição da indústria, pelo Tratado de Methuen, de 1703, entre Portugal e Inglaterra, o qual somente proibia a industrialização em colônias portuguesas. Estão aí, os dois empecilhos (nasceu o Brasil tendo que pagar dívida que não fez e tinha a indústria proibida), que colocaram o País subdesenvolvido. Voltando à composição imperial, na m...

19/10/2013 - PETRÓLEO BRASILEIRO

  O petróleo é o combustível fóssil que há três séculos compõe a matriz energética mundial, devido ao seu baixo custo e multiusos. Ou seja, no século XVIII (1700-1799), a partir da Inglaterra, disseminou-se a industrialização. Com ela, cresceu a importância básica do petróleo como matéria prima. O Brasil tinha a indústria proibida, pelo Tratado de Methuen (1703), que regulava o comércio, via vantagens absolutas de produção. Assim, enquanto um grupo numeroso de países do hemisfério Norte ficava ricos, outro numeroso grupo de nações do hemisfério Sul ficava pobre, seja pela escravidão perpetrada, seja pela indústria proibida de desenvolver-se, o que ocorria rapidamente nos países do hemisfério Norte. Somente após 1930, o governo federal definiu que o subsolo seria patrimônio da União, mas poderia ser explorado pelo setor privado em regime de concessão. Pouco evoluiu a produção e quase a totalidade do consumo era importado. Campanha nacionalista culminou em 1953 na criação da...

18/10/2013 - DÍVIDA EMPECILHO REAL

  A pergunta que não quer calar: por que o Brasil não consegue crescer 5% ao ano, taxa que repetiu em três anos, dentre oito da era Lula, embora não consecutivos, depois da década dos anos de 1970? Há duas respostas: a dívida pública como empecilho real e a matriz da debilitadíssima logística nacional. Por seu turno, convém lembrar que o Brasil cresceu nos anos de 1970, em média, por volta de 10%, coisa que deixou de existir. Portanto, desde 1979, o País patinou entre 2% a 3%, em seu crescimento econômico anual. Contando com uma conjuntura externa muito favorável, a era Lula conseguiu elevar referida taxa para a média de 4% anuais. Uma resposta é o garrote atual da dívida federal, que, se equacionado, como, por exemplo, dilatação dos seus prazos de pagamentos (sobraria dinheiro para inversões), mais investimentos públicos, pela redução dos gastos correntes (fusão de ministérios: são 39, funcionaria bem o País com 20; os Estados Unidos tem 19), quando o investimento bruto s...

17/10/2013 - BOLSA FAMÍLIA AOS DEZ ANOS

  Neste outubro completa dez anos o Programa Bolsa Família, instituído no governo Lula, em substituição ao Programa Bolsa Escola, este criado no governo FHC. A ideia fora a de redistribuir recursos para os cidadãos desprovidos de renda, miseráveis e muito pobres. Claro, em tese, a medida é correta, visto que faz doação em dinheiro, em troca de a família ter filho na escola e realizar as vacinas obrigatórias, justamente para os menores favorecidos e sem condições mínimas de realizar um trabalho. Porém, a crítica que se faz é que menos de 20% dos assistidos foram autonomizados. Grande parte deles ficou viciada em receber as doações e isto não é bom para a sociedade que busca ser desenvolvida. Sem dúvida, a falta de autonomia se deve principalmente ao baixo nível educacional dos três níveis nacionais, conforme reprovações (nota abaixo de cinco) de avaliações anuais do próprio MEC. Ademais, a saúde publica brasileira é visivelmente deficitária. Logo, como autonomizar tais cidadã...

16/10/2013 - ENSAIO MODESTO DA REVERSÃO

  O Índice de Confiança do Consumidor brasileiro aumentou 2,3% em setembro, em relação a agosto. Aguarda a equipe econômica agora que seja revertida a situação, de maus resultados obtidos pelo governo da presidente Dilma, já que, segundo a referida equipe, a economia chegou ao fundo do poço. Para tanto, argumenta não só que o consumo reagiu, mas também que as expectativas dos cerca de 100 analistas consultados semanalmente pelo Banco Central, publicadas no boletim FOCUS, elevaram sua projeção de alta do PIB em 2013, para 2,47%. No ano de 2012 a economia cresceu 0,9% e em 2011 se elevou em 2,7%. É esperada também pela pesquisa citada, que o País cresça 3% em 2014, encerrando o mandato da presidente Dilma com taxa média de 2,3%, a mesma que foi a da era de oito anos de FHC. Ademais, nos oito primeiros meses deste ano, mais de um milhão de empregos foram criados com carteira assinada. Nos últimos quatro trimestres a agropecuária brasileira cresceu 7,4%, um recorde. Até agosto, ...

15/10/2013 - BARREIRA AO CRESCIMENTO

  A principal barreira ao crescimento econômico é a inflação. Em formulação simples, a inflação é um fenômeno de excesso de moeda, que dá poder de compra a quem a detêm, permitindo aceitar preços mais altos. A inflação é justamente elevação geral e persistente no nível geral de preços, que foi puxada pela demanda de bens e serviços, pelos detentores de moeda. Se a inflação é baixa, 1%, 2%, 3%, ela é boa, porque faz com as pessoas não fiquem com dinheiro em caixa, o chamado desentesouramento, levando a colocá-lo nos bancos, para render alguma coisa. Por sua vez, os bancos criam moeda e ativam mais ainda a economia, conforme ensinamentos de Ignácio Rangel, em seu livro clássico “Inflação Brasileira”. Uma inflação acima de 4%, 5%, 6% já vai se tornando prejudicial ao crescimento econômico, uma vez que ela desestimula, pouco a pouco, a produção e favorece as aplicações financeiras, que, não necessariamente, irão para os investimentos. Geralmente, vão alimentar a dívida pública, ...

14-10-2013 - MAIOR MAL DA ECONOMIA

  Não sem motivo a revista The Economist passou de 200 anos. Também, não sem motivo a revista Exame passou de 47 anos. Formadores de opinião e levantando temas polêmicos. No teatro econômico brasileiro, a citada revista realiza anualmente o EXAME FÓRUM, em seu quinto número, do dia 30-09-2013, publicado na revista datada de 06-10-2013. Presentes no fórum os pré-candidatos a presidente da República, Aécio Neves, Eduardo Campos e Marina Silva. O governo foi representado pelo ministro Guido Mantega. O poder Judiciário pelo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, e pelo presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), Augusto Nardes. Participaram também como debatedores empresários, executivos, jornalistas e economistas brasileiros e estrangeiros. Inclusive o professor Dani Rodrik, do Instituto de Estudos Avançados, com base em Princeton, Estados Unidos, sede de uma das melhores universidades do mundo. Os conferencistas foram taxativos quanto ao maior pro...

13/10/2013 - CLASSE MÉDIA APERTADA

  A estabilidade econômica conquistada em 1994 trouxe consigo o fenômeno de transformar o Brasil em um país de maioria da população de classe média de renda. Citada classe correspondia a 36% da população nacional, naquele citado ano do início do Plano Real (01-07-1994). No presente, ela corresponde a 52% da população. O conceito de classe média no Brasil é bastante elástico. Seria classe média aquela que obtêm renda mensal per capita entre R$291,00 a R$1.019,00, definido por algumas pesquisas. Na verdade, esse conceito é da ONU, do Banco Mundial, olhando o mundo. Porém, tal conceito é de classe média baixa ou de pobre. A classe média tomada pela Fundação Getúlio Vargas é um conceito mais elástico. Hoje seria de aproximadamente entre R$1.000,00 a R$6.000,00. Referido leque, mais aberto, compreende classe média baixa, classe média média, classe média alta. O leque em referência é mais adequado até quando se toma o conceito de renda per capita. Ou seja, o Produto Interno Bruto ...

05/10/2013 - NEGÓCIOS LIMPOS

  Em defesa do seu conglomerado de empresas, o grupo alemão Siemens, atuando com 190 subsidiárias em todo o mundo (a ONU reconhece 200 países no globo, o que pode dar a grande ideia do poder da multinacional), empregando 380 mil funcionários, publicou matéria paga, intitulada “Por Negócios Limpos”, na revista Exame, de 02-10-2013. Ela tem sido balançada nos últimos anos, com tendência a pique, em razão de uma série de denúncias de práticas contrárias à boa conduta, em vários países, sendo condenada nos Estados Unidos por prática de corrupção e multada, assim como no Brasil teve que reconhecer que chefiava o cartel, que atua desde 1990 no fornecimento de trens para o metrô de São Paulo, perante o Conselho Administrativo de Defesa do Consumidor (CADE). Segundo ela, a partir de 2008 fez uma opção radical ao compromisso de luta pela ética (compliance). Afirmou ela que, entre seus quadros globais, puniu cerca de 2.000 empregados e demitiu 250 funcionários. Somente no Brasil, cerca ...

12/10/2013 - ESTIMATIVAS DO FMI

  O Fundo Monetário Internacional (FMI), trimestralmente, divulga suas previsões do desempenho da economia mundial, conforme o país, do ano em curso e do próximo ano. Tais previsões levam em consideração os conceitos da Organização das Nações Unidas (ONU), que classifica as nações em três grupos: avançados, emergentes e pobres. Os países avançados estão um pouco melhores. O país líder, Estados Unidos, responsável por cerca de 25% do PIB mundial, crescerá pouco neste ano, entre 1% a 2%, porém, crescerá mais em 2014. A Europa está em recessão, mas sairá dela no ano que vem. Os emergentes, tais como os do grupo do BRICS, estão desacelerando, embora a China esteja crescendo acima de 7% anuais. O Brasil é que terá menor crescimento entre os emergentes, segundo o FMI, crescerá 2,5% neste exercício e repetirá em 2014 a referida taxa. O FMI cortou em 0,7% a previsão de crescimento brasileiro, seguindo a perspectiva do boletim FOCUS, publicação semanal do banco Central, que ausculta ...

11/10/2013 - ERRO ECONÔMICO GLOBAL

Definido no mundo inteiro os fundamentos da economia, sendo aqueles que reconhecem as leis econômicas, que estabilizam seu sistema econômico. O primeiro reconhecimento é o de que a economia funciona semelhantemente ao cérebro humano, mediante a existência de dois hemisférios: a esfera monetária e a esfera real. Em outras palavras: a esfera financeira e a esfera produtiva. A esfera monetária irriga a esfera produtiva. Se há mais moeda do que produção, o equilíbrio ocorre via inflação (e vice-versa), a qual, somente é danosa quando acima de 5%, que é o erro médio permitido em um fenômeno. Até uma pequena inflação (menor do que cinco) pode ser salutar para o sistema econômico, visto que encoraja o desentesouramento. Isto é, o fato das pessoas reterem moeda, colocando-a nos bancos, que criam moeda e ativam o processo produtivo. Portanto, um país de uma economia bem organizada cuida para seu sistema financeiro atuar bem. O instrumento clássico é o uso da taxa de juros. O empirismo mostr...

10/10/2013 - PODER ECONÔMICO

  O poder mundial se faz pelas armas e pelo dinheiro. O grupo dominante é chamado de imperialismo e tem como líder os Estados Unidos. Os países armados de bombas atômicas não querem que os outros países tenham bombas similares. Daí, o Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares. Para fins de guerra, somente foram detonadas duas bombas atômicas, em 1945, pelos Estados Unidos, em cima do Japão. Os efeitos devastadores mataram milhões de japoneses e ainda matam, pela transferência genética daqueles que receberam irradiações atômicas, transferindo-as indefinidamente por gerações. Desde então outros grandes países, tais como Rússia, China, Índia, dentre outros que presumidamente detêm artefatos nucleares, vivem se ameaçando, mas não ingressam em conflito, que seria “o fim do mundo”. Portanto, o poder mundial se dá pela força do dinheiro, sendo as moedas mais fortes do mundo e, dessa forma, reserva internacional, o dólar, o euro, o iene, a libra esterlina, o franco suíço. Em 200...

09/10/2013 - SORTE NO JOGO

No Brasil o jogo de sorte é monopólio do Estado, através da Caixa Econômica Federal (CEF). Loteria federal de bilhetes é o jogo semanal mais antigo da CEF. O que paga maior prêmio é a megassena. Há ainda a dupla sena, a loto mania, bolão do próprio lojista, dentre outras criações.   Milhões e milhões são recolhidos em dinheiro, dado que o jogo é à vista. Cerca de metade vai para o cofre governamental da União, redistribuído para cumprir o orçamento público, dentre gastos e investimentos. Cerca da metade da arrecadação se constitui de prêmios semanais. A megassena tem na quarta e no sábado dois dias de sorteios e todo dia de apostas. A maioria dos brasileiros sai à procura de ganhar um prêmio, jogando como pode. Em escala bem menor existem sorteios de prêmios, bingos, telessena de Sílvio Santos na televisão, assim como vários artifícios de jogos, mas jamais chegam perto da arrecadação que faz a CEF. São proibidos cassinos, jogo do bicho, carteado, dominó, dentre outros, chamados...

08/10/2013 - ENADE

O Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (ENADE) é a avaliação anual dos curós de  PROVÃO, que era o exame obrigatório para todos os estudantes universitários brasileiros. Desta feita, em dezembro de 2012, houve a participação de 469.478 alunos, mas estavam habilitados 587,3 mil. Trata-se de amostra muito expressiva, correspondendo a aproximadamente 5% do universo dessa faixa estudantil. A nota do ENADE varia de zero a cinco. A nota até dois é de reprovação. Por sua vez, o número de cursos reprovados atinge à taxa nacional de 30%. As faculdades que se mantiverem com nota abaixo de dois receberão a visita de inspetores federais e podem sofrer sanções, como a suspensão do vestibular. A nota do ENADE representa 70% do índice CPC (sigla que aqui ainda não se sabe), utilizado pelo Ministério da Educação para avaliar os cursos superiores no País. O CPC leva em consideração o corpo docente, infraestrutura e programa pedagógico, mas que será divulgado ainda no final des...