25/12/2016 - SANEAR BNDES E ADEQUAR FINANÇAS
O BNDES devolveu R$100 bilhões ao Tesouro Nacional, dinheiro
este que compôs um pacote destinado pelo governo, de R$500 bilhões, tomado ao
mercado financeiro, através da venda títulos públicos, feito na gestão da
ex-presidente Dilma, como forma de atender aos reclames do grande capital, em
dispor de crédito de longo prazo, a juros subsidiados, vez que fora tomado, em
média, a 14% ao ano, emprestado à taxa média de 7% (à metade). Tal dinheiro
estava repousando na dívida pública, tanto por parte do BNDES como por parte
das empresas tomadoras, visto que o grande capital está capitalizado e não
“precisa” de dinheiro do governo, a não ser subsidiado, o que se torna
aplicação financeira. O valor devolvido corresponde a 1,6% do PIB, estimado em
R$4,3 trilhões, que será abatido da dívida bruta, hoje em 70,3% do PIB.
O Banco Central está ganhando a luta contra a inflação, que
poderá fechar este ano no teto da meta de 6,5%, devido ao fato de que a
inflação de novembro veio muito baixa e é esperada baixa também em dezembro.
Para o ano que vem não haverá choque de oferta de alimentos, o que aconteceu no
final do ano passado. Assim, a inflação poderá ser baixa, havendo sucessivos
cortes da taxa básica de juros no ano que vem. Isto é um indicativo de que haverá
retomada do crescimento ainda que baixo.
Aos poucos várias medidas microeconômicas estão sendo
tomadas, visando melhorar o ambiente geral dos negócios. Na macroeconomia só
até agora a PEC do teto dos gastos está aprovada. É fundamental melhor acesso
ao crédito tanto para empresas, para o público como para a construção civil.
Diferente de Lula, Temer pegou um comércio internacional cheio de dificuldades.
Lula navegou na maré de alta das commodities. De repente, deverá começar a
retomada. Mas, quando?
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