12/12/2016 - FINANCIAL TIMES E DILMA




A tradicional revista britânica Financial Times (FT) elencou 19 mulheres importantes em 2016, estando no rol a ex-senadora americana Hillary Clinton, a primeira ministra britânica Theresa May, a recordista e medalhista olímpica Simone Biles, a ex-presidente Dilma e a presidente da Coreia do Sul, Park Geun-Hye. Hillary teve mais de um milhão de votos do que Donald Trump. Porém, este foi eleito por que a eleição americana é indireta, via delegados partidários, os quais lhe deram expressiva maioria. Theresa e Simone vitoriosas e famosas. Dilma sofreu impeachment. Park também. Enfim, conclui-se que a revista “Tempo Financeiro” escolhe pessoas por serem famosas. Explica-se o FT: “Essa edição especial da revista celebra as conquistas das mulheres (e narra suas falhas)”. Na antiga Nova Inglaterra, atual Estados Unidos não é diferente. Neste final de ano, a capa da revista Times traz Donald Trump. A mesma Times, nas primeiras décadas do século XX, elegeu Josef Stalin duas vezes e, em 1939, foi sua capa Adolf Hitler. As referências são pelos impactos que trouxeram.

Nesta oportunidade, a ex-presidente Dilma foi entrevistada pelo chefe da redação do FT no Brasil, Joe Leahy. Dilma reiterou que os problemas econômicos do País durante sua administração se deveram à crise internacional (1) e que a “oligarquia” ficou contrariada com sua política de redistribuição de renda (2). Além disso, que o Congresso a impediu de fazer reformas (3), incluindo aumento de impostos (4) para reduzir a explosão do déficit orçamentário (5). “Durante uma recessão, políticas de austeridade são um suicídio. No curto prazo é preciso aumentar os gastos públicos”, segundo ela (6). Concluindo, disse ela: “É um governo de homens brancos e ricos, ou pelo menos que querem ser ricos” (7).  Como (1) crise internacional se o mundo cresceu desde 2011 por volta de 3% ao ano? O problema se deu na má gestão da economia doméstica. (2) A oligarquia foi que mais cresceu e recebeu juros subsidiados para a agropecuária, indústria e os bancos nunca ganharam tanto. (3) Ela perdeu a base no Congresso pelo seu personalismo exagerado. O seu Ministro da Previdência, Heráclito Fortes (PMDB), em quatro anos inteiros pediu audiência e sequer foi agendado par audiência, segundo ele declarou à Folha. (4) Ela queria aumento de impostos. Quase tudo que ninguém quer, mediante carga tributária de 36% do PIB. (5) O déficit primário ocorreu pelo seu voluntarismo, desobedecendo a Lei de Responsabilidade Fiscal, mediante emissões de decretos de gastos não aprovados, que levaram ao seu impedimento. (6) Como aumentar gastos se estourou imensamente o orçamento? (7) Ela não é branca? Descendente direta de europeus. Ela não é rica? O que diz seu imposto de renda? É de alta renda. Por tais ideias não seria reeleita. A reeleição foi um estelionato eleitoral. A sua eleição foi por benção de Lula, que deixou o governo com mais de 80% de popularidade. Ela nunca teve luz própria.

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