20/12/2016 - CARROS CHEFES DA ECONOMIA




O Plano de Metas do governo JK (1956-1960) obteve a taxa média de crescimento anual de 8,3%, tendo como carros chefes a indústria automobilística e a construção civil. As multinacionais de veículos vieram para o Brasil, atraídas pelas permissividades da Instrução 113 da SUMOC, editada em 1955, pela qual as montadoras importaram máquinas e equipamentos sem pagar impostos de importação. Elas exportaram de suas origens máquinas usadas e ocuparam um mercado em expansão. Passadas cinco décadas, os governos de Lula e Dilma reduziram impostos sobre automóveis. Mas, mesmo assim, as vendas não decolaram e a saída fora a exportação em mercado muito competitivo. Dessa forma, embora muito importante para a geração de empregos diretos e indiretos, as montadoras não reúnem mais condições de reeditar a posição de carro chefe. Já a indústria da construção civil, não. Esta tem enorme potencial, tanto em obras de infraestrutura, em parcerias público/privadas e no preenchimento do déficit habitacional por volta de 7 milhões de habitações. Para cada emprego direto a construção civil gera 10 indiretos.

Nos últimos três anos, a construção civil se reduziu em 1/3 dos empregos, Ou seja, havia 3,6 milhões de empregos diretos e hoje há 2,4 milhões. Neste ano, de muitas incertezas, inseguranças, retração do consumo e desemprego, fazem projeções do PIB recuar - 3,5% e o da referida indústria – 4,5%. O pacote de dez medidas da semana passada trazem pequenos efeitos agora, mas, ajudará o crescimento, para dois anos a frente, pelo uso da criada letra imobiliária, visto que ela será atraente, na medida em que caiam as taxas básicas de juros no tempo. A letra imobiliária será duplamente garantida, pelo banco emissor e pela construção de moradias ou de obras civis. A queda da SELIC se dará lentamente da mesma forma que a economia.

Se o governo reduzisse as taxas de juros para a habitação, para a faixa de 7%, por exemplo, diminuiria as prestações de aquisições imobiliárias e também muito contribuiria para a retomada do setor. O comprador está preocupado em adquirir imóvel, cada vez mais com menor ônus no seu orçamento.

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