04/12/2016 - BREVE SÍNTESE DOS INDICADORES SOCIAIS DO IBGE
Uma das pesquisas anuais do IBGE, feita desde 1998, é a
Síntese dos Indicadores Sociais. A de 2015 confirma os resultados ruins da
economia brasileira, que retraiu em 3,8% o seu PIB, trazendo muito mais pioras
do que melhoras da sociedade brasileira. Trata-se hoje o País em rápido
processo de envelhecimento e que descortina muitas dificuldades para os idosos
do futuro, principalmente na Previdência Social.
Desocupados. Já está muito aguçado o problema daqueles jovens
que nem trabalham, nem estudam (“nem-nem”), na faixa etária de 18 a 24 anos. De
2005 a 2015, os “nem-nem” passaram de 22,6% para 27,4% da população.
Ampliando-se tal grupo etário para 15 a 29 anos, passou de 12,8% para 14,4% da
população total, na última década. Agregando-se aos desocupados em referência àqueles
que não ajudam nos afazeres domésticos, tampouco cuidam dos filhos, ficaria um
grupo dos “nem-nem-nem-nem”. Tais desocupados eram 23,8% em 2015. Porém, a
maioria deste grupo é de rapazes e homens adultos, vez que 91,6% das mulheres,
na faixa de 15 a 29 anos se declaram ocupantes de tarefas do lar. Não é a toa
que os homens desocupados na referida faixa se tornam bandidos, em proporção
bem superior as mulheres, haja vista que mais de 90% dos assassinatos ocorrem
com os homens jovens, em relação às mulheres.
Idosos. Em 2005, a população de brasileiros com 60 anos ou
mais era de 9,8%. Em 2015, alcançou 14,3%. O IBGE projetou que idosos serão 35%
da população em 2070.
Pobreza extrema. Voltou a crescer o número de famílias com
renda per capita inferior a R$197,00, no ano passado, para 9,2% da população
brasileira.
Mulheres no comando. Os lares chefiados por mulheres
aumentaram 10% na última década, passando a 40,5%, em 2015. Elas eram 30,6% na
posição, em 2005.
Número de filhos por casal. Sem filho eram 21,2% em 2005 e
passaram a 28,5% em 2015. Um filho, de 34,4% para 38,1%. Dois filhos, de 26,5%
para 22,8%. Três filhos ou mais, de 18% para 10,5%. Respectivamente.
Em síntese, o Brasil está mais velho e com mais jovens
excluídos do mercado. Assim, a tarefa de ser uma economia do bem estar fica
cada vez mais difícil. Ainda mais que o País está tendo o final do bônus
demográfico em no máximo duas próximas décadas. Referido bônus é quando a
maioria da população se encontra na idade de trabalhar. Isto é, de 18 a 60
anos. Quando mais podem ser produtivos. Quando a maioria dos países
desenvolvidos se aproveitou do citado bônus. O bônus é uma única oportunidade.
Não há registro de que nenhum país passou por um recobro da espécie.
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