19/12/2016 - TAXA DE MORTALIDADE DE EMPRESAS EM ALTA




O termômetro de desempenho dos pequenos negócios no Brasil é a taxa de mortalidade de empresas, estatísticas feitas pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), em convênio com o SEBRAE. A pesquisa é realizada a partir do processamento de dados da Receita Federal, além de entrevistas com cerca de 2 mil empresas constituídas entre 2008 e 2014. O setor produtivo mais atingido pela atual recessão foi o de serviços, responsável por 25% dos fechamentos. Por porte, 45% dos fechamentos foram entre as microempresas, cujo faturamento é de até 360 mil anuais. As menores baixas se deram entre as grandes empresas, em torno de 3% do total, cujo faturamento está acima de R$300 milhões por ano. Conforme relatório da FGV, apreciando as empresas que foram criadas em 2014, o indicador é calculado para dois anos, subiu o número de empresas fechadas, de 1,6 milhão, cerca de 23%, em 2012, para 1,8 milhão, por volta de 33% em 2014. As razões para a quebradeira, de acordo com o estudo, compreende o freio no consumo, mais a o aumento do peso dos impostos e a falta de financiamento barato para o capital giro.

Nos cálculos dos projetos para o SEBRAE o fluxo de caixa é de cinco anos, para que haja o retorno do investimento. No entanto, no atual quadro, precisam os pequenos negócios de 10 anos, prazo de fluxo de caixa geralmente adotado pelos grandes negócios.

Cumpre destacar que os pequenos negócios não tem poder de manobra para ingressarem em recuperação judicial. Perto da morte, morre mesmo. Os grandes negócios têm recursos para postergar e salvar-se. O pacote de estímulos econômicos, lançado nesta semana, dirigiu-se justamente para os médios e grandes negócios, para empresas endividadas e com prejuízos. Mas, as medidas sozinhas não podem tirar a economia da recessão.

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