08/12/2016 - EDUCAÇÃO AO INVÉS DE MELHORAR ESTAGNOU




Os três maiores enigmas da economia brasileira são, desde o descobrimento: a indústria que não deslancha; a dívida pública que não deixa de ser o maior problema financeiro do Brasil; a educação que anda pouco para frente e se paralisa em ciclos alternados. Agora mesmo, em 2015, dados da maior pesquisa realizada, de três em três anos no mundo, conhecida como teste PISA, pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), baseada na Europa, seleciona países do globo com maior dimensão territorial e populacional. Em 2015, foram 70 países. Os exames são de matemática, literatura e ciências. Aplicados nos alunos de 15 para 16 anos. No Brasil fizeram o teste PISA 23 mil estudantes, de 841 escolas (78% no ensino médio). O País ficou em 65º lugar. Conforme a Secretaria Executiva do Ministério da Educação, Maria Helena Guimarães: “São 15 anos de estagnação em leitura. Estagnação em ciências desde 2006 até agora. Significa que o Brasil não melhorou”. Não mencionou matemática, que piorou. Os resultados das notas revelam pioras nos somatórios dos pontos, mas em relação ao conjunto, o País ficou estagnado em sofrível 65ª posição. O resultado da média de matemática entre 2009 e 2015 passou de 391 para 377 pontos. A média dos países é de 490. Na área de ciências a média passou de 405 para 401. A média dos pesquisados é de 493. Na área de leitura a média passou de 410 para 407, sendo a média dos países pesquisados de 493.

Na coluna de ontem, na Folha, de Hélio Schwartsman, intitulada “Fracasso Nacional”, ele se refere a que: “Na hipótese factível de melhorar a nota média de 1,5% a cada triênio, levaríamos a bagatela de 60 anos para atingir a média dos países da OCDE. Isso é claro, no pressuposto de que eles ficariam parados ao longo destas décadas”. Refere-se ainda o citado colunista ao recente estudo de Ricardo Paes de Barros, economista do IPEA, acerca de exame da educação no período de 1980 a 2010, no qual cada ano a mais de estudo resultou no aumento de produtividade equivalente a US$200.00 (na atualidade o número é negativo desde 2014, devido a ser negativo o desempenho econômico). Já no Chile, no mesmo período do estudo, o impacto de cada ano extra de escola foi de US$3,000.00 e, na Coreia do Sul, de US$6,800.00.

O articulista argumenta ainda que pensar-se que o ensino superior é melhor é um erro, visto que, a única categoria, que submete todos os formandos a exames é a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Os resultados da OAB são desastrosos, perante índices de reprovação por volta de 80%. Os próprios exames do MEC, acerca do ENADE até agora apresentaram médias dos alunos em torno de 4,3. Portanto, abaixo de 5, média de aprovação, na escala de zero a dez.

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