29/01/2016 - MAU HUMOR CAPITALISTA
Pesquisa da consultoria Grant
Thornton com 2.500 empresários de 36 países revelou que os capitalistas
brasileiros estão entre aqueles de piores humores no mundo. Cerca de 50% dos
brasileiros ouvidos revelaram que têm expectativas ruins para os próximos 12
meses, enquanto 35% esperavam que as condições do País melhorassem e 15%
ficaram neutros. O pessimismo somente é pior na Grécia e na Malásia. Trata-se
da primeira vez que os pessimistas superam os capitalistas otimistas
brasileiros, segundo a pesquisa, que se iniciou em 2007. A pesquisadora também
calculou o grau de incerteza econômica dos 36 países. Novamente, o Brasil está
em terceiro lugar em suas indefinições, atrás da Grécia e da Armênia. Os
capitalistas dos países que estão mais otimistas são da Alemanha, Estados
Unidos, Índia, Reino Unido e Argentina. A surpresa daqueles deste último se
deveu à eleição do presidente Maurício Macri.
As
razões dos empresários brasileiros estarem “fulos da vida” ocorrem devido aos vacilos
e contradições do governo da presidente Dilma. Nota-se de que ninguém está
seguro. Somente ela parece estar, ao propor mudanças que não consegue fazer,
além de deteriorar as contas nacionais, gerando dois déficits primários
seguidos, colocando País no rol daqueles que caminham para trás, visto que seu
PIB se estagnou em 2014 (0,1%), caindo muito em 2015 (a prévia é de - 3,7%) e
se espera queda semelhante em 2016 (- 3,5%). Enfim, os cérebros ganhadores
brasileiros não têm a menor ideia de quando essa onda vai passar, visto que o
impeachment da presidente Dilma tem expectativa de não vingar, dado que a
presidente deixou de governar e se dedica diuturnamente a esse tema, aliciando
parlamentares, mediante promessa de cargos e de benesses.
Espera-se
para 2016 uma queda de 10% nas vendas de automóveis; retração de 5% na
indústria da construção civil (em 2015 alcançou 8%); de – 3,7% de retração no
consumo; - 2% no consumo de energia elétrica; desemprego de 2,2 milhões, o
maior desde o final dos anos de 1980; somente R$3 bilhões de gastos na
infraestrutura, somente de 1,5% do previsto no Programa de Investimentos em
Logística.
Estudo
feito pelo professor Carlos Rocca, do IBMEC, das maiores companhias abertas
revelou que o retorno sobre o capital investido em 2005 era de 16%. Em 2014
caiu para 7%. Nos mesmos anos, os custos do capital das referidas empresas, que
era de 15,7%, subiu para 15,9%. Em síntese, aí residem o mau humor dos
empresários nacionais.
Direto
de Colón
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