18/01/2016 - RENDA BASTANTE CONCENTRADA
As análises feitas para medir a
distribuição de renda brasileira se têm feito com os dados da Pesquisa Nacional
por Amostra de Domicílios (PNAD), coletados pelo IBGE. Trata-se a PNAD de
pesquisa permanente, cujos resultados são apresentados de três em três meses,
de acordo com o calendário gregoriano. Janeiro-fevereiro-março;
abril-maio-junho; julho-agosto-setembro; outubro-novembro-dezembro. Ademais, o
IBGE publica a consolidação de cada ano. A PNAD é coletada em 3.500 municípios,
que corresponde a mais de 90% da população. No entanto, por dificuldades de
pesquisa, ficam de fora 2.165 municípios.
Pesquisa inédita, divulgada pela pesquisadora
Tendências Consultoria Integrada, tendo como base os dados do Imposto de Renda,
ajustando-a aos dados da PNAD, revelou que 2,5 milhões de famílias da Classe A
são detentoras de 37,4% da renda nacional. A renda familiar da Classe A, tida
como a de ricos, possui rendimento superior a R$14.695,00. Os pesquisadores
Adriano Pitoli, Camila Salto e Ernesto Guedes, concluíram que a renda
brasileira é muito mais concentrada do que se conhecia com os dados da PNAD.
Segundo esta, estimava-se que os ricos detinham 16,7% da renda nacional. As
estatísticas da PNAD são declaratórias. Já as do Imposto de Renda são as
informadas pelas empresas e devem coincidir com as feitas pelos cidadãos.
De acordo com o citado estudo, as
2,5 milhões de família, considerando a média de quatro componentes, leva a
conclusão de que 10 milhões de pessoas ficaram com 37,4% da renda de salários,
juros, lucros, aluguéis, dividendos e outras rendas. Já 194 milhões de cidadãos
perceberam 62,6%. Ou seja, 5% da população perceberam aproximadamente 37%,
enquanto 95% dos brasileiros perceberam 63% da renda nacional.
Comentários
Postar um comentário