23-01-2016 - REAÇÃO EM CADEIA CONTRA MAIS TRIBUTOS





Cinco órgãos de classes de prestígio nacional, pela sua representatividade, divulgaram manifesto, afirmando que têm a “firme convicção” de que falta à presidente Dilma Rousseff legitimidade política para propor aumento da carga tributária, já tão elevada acima de 36% do PIB. Tamanho nível de arrecadação reduz a circulação de dinheiro, que deveria ser aplicado no investimento e, não em gastos públicos, que não criam riquezas. A carga em referência torna a economia brasileira lenta, burocrática e ineficiente, deixando de estimular o necessário progresso, para o País ser um país desenvolvido. A nota é assinada pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Confederação Nacional da Indústria (CNI), Confederação Nacional de Transportes (CNT), Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas (CNDL) e Confederação Nacional de Saúde (CNS). Trata-se de uma resposta às declarações da presidente, defendendo, que para reequilibrar as contas públicas é necessário “ampliar impostos”. Conforme referidos órgãos, Dilma precisa garantir o cumprimento do seu programa eleitoral, que não cogitou de criação de tributos e não previu elevação de impostos. A presidente hoje é favorável à recriação da Contribuição Provisória sobre Movimentações Financeiras (CPMF), coisa que foi contrária na sua campanha de 2010 e nem tocou no assunto na campanha de 2014 e quer também elevar alíquotas de tributos existentes. Para as entidades, o equilíbrio orçamentário do governo deve ser feito mediante corte de despesas públicas, que já foi prometido, tal como a redução de milhares de cargos e de ministérios, mas, muito pouco cumprido, além de estímulos às atividades produtivas e de redução de juros. O manifesto se refere a que “a manutenção do emprego dos brasileiros deve ser prioridade e o aumento da carga tributária não colabora com o propósito”.

A poucos dias atrás o Fundo Monetário Internacional (FMI) provocou um medo muito grande, por parte do governo, da recessão aumentar, passando de três anos seguidos, comprometendo quase todo o segundo mandato, dizendo o FMI que o País só voltará a crescer em 2018. Um previsto desastre, sem precedentes na história brasileira, quando o máximo que tinha havido foram dois anos consecutivos, 1930-1931, influenciados fortemente pela Grande Depressão. Por isso mesmo, o Banco Central (BC) que se referia a uma elevação da SELIC, no dia 20, passado, manteve a taxa SELIC em 14,25% anuais. Claro, não quer piorar o que já está bem ruim. Porém, ficou a equipe econômica fragilizada, mostrando ao mundo um BC dependente ou, pelo menos, veladamente, comandado.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

DÉFICIT PRIMÁRIO OU SUPERAVIT PRIMÁRIO?

OITAVO FÓRUM FISCAL ÁRABE EM DUBAI

BANCO ITAÚ MELHOR PERFORMANCE